segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A PARABOLA DA CONCHA SOLITÁRIA





Em uma praia distante havia uma pequena concha abandonada na areia, quando chovia, a pequena concha solitária permitia que uma pequena parte das águas da chuva ficasse nela, então os pássaros vinham e tomavam da água. Um dia uma criança apareceu por ali, e descobriu aquela concha, e a tomou para si, e já fazia parte do seu acervo de brinquedos. Aquela criança mostrava a todos sua descoberta, era uma concha, uma simples concha que aos olhos daquela criança parecia um grande tesouro.
 As vezes não percebemos o grande poder da simplicidade e da humildade. Nos envolvemos nas armadilhas complexas de nosso ego, achamos que para ser alguém nesse mundo, temos que ter muito dinheiro, fama, aplausos, e muito mais. A natureza humana não Poe limites para a satisfação egoísta.
 Ouça o que eu digo: a simplicidade é o melhor caminho. O anonimato diante dos homens ainda é um caminho bem mais firme para se servir a Deus. A tendência dos outros idolatrarem pessoas é enorme. Basta uma pessoa ser um pouco abastada para ser tratado de modo diferente dos outros. A primeira parte do segundo capitulo de Tiago fala sobre isso. Basta ter um pouco mais de virtudes, dons e carisma para ter um conceito mais elevado. A benção de ser simples, e ser uma pessoa comum, cujo objetivo seja fazer com que Cristo seja glorificado na terra e ao mesmo tempo se tenha uma boa reputação diante de Deus. A concha solitária é uma lição que podemos aprender. Apesar de ser uma simples concha, e nada mais, as águas da chuva desciam, e ela fazia com que uma minúscula parcela da chuca ficasse retida no seu interior, então aquelas águas serviam para matar a sede do pássaros. Aos olhos de uma criança, o simples é um tesouro, e creio eu que essa é a visão de Deus. O Senhor ao enviar seu filho e o precursor de seu filho, revestiu-os de simplicidade, Jesus não tinha onde reclinar a sua cabeça, convivia com os pobres e entregou-se a vergonha de uma cruz. João Batista se vestia de forma simples e até mesmo rude. Todo o seu aparato teológico era nada mais do que uma chamada para o arrependimento.  Essa simplicidade me incomoda e me denuncia, até que meu coração seja condicionado a um equilíbrio com essa realidade. Assim como a criança viu na concha seu tesouro, seu achado importante, precisamos ver e entender o significado das coisas simples. É engraçado notarmos como os humanos crescidos ao presentearem seus filhos, compram brinquedos ultra-sofisticados, para logo em seguida verem suas crianças se divertindo com as coisas mais simples como tampinhas de garrafas e conchas solitárias.
 O veneno do orgulho destrói a simplicidade, envenena a humildade e cria monstros arrogantes, aqui não há exceção, isso ocorre no mundo e também na igreja, em todos os lugares. O orgulho é um tirano que se aloja no coração do homem não satisfeito com Deus e com um maneira simples de viver. E como é essa maneira simples de viver?
 Isso se perdeu no tempo! Jesus ordena que devamos buscar primeiro o reino de Deus, não nossos interesses, não nossos projetos, não nossos ideais, não nossos sonhos egoístas, não nossos prazeres, não nossas opiniões. Traçamos um plano de vida fundamentado naquilo que queremos ser e não naquilo que Deus quer que sejamos. Está na hora de rever nossos conceitos sobre a nossa vida e nossa existência. Olhar as coisas na perspectiva do plano de Deus. O legado que devemos deixar para a sociedade é que Jesus Cristo Vive e é o Senhor, levar as pessoas a amarem a Deus, e não a nós, levar as pessoas a desejarem a presença de Deus e não a nossa presença, guiar as pessoas a um encontro com o SENHOR, levar as pessoas a aplaudirem a ELE e não a nós. Ousamos viver a simplicidade de uma concha solitária. Deixar que Jesus olhe para nós e sinta o prazer de dizer aos anjos que alguém lá embaixo na terra é muito parecido com Ele.
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Rm 8:29)
Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. (Fp 2:3)
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; (Cl 3:12)
Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (1Pe 5:5)

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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