sábado, 5 de novembro de 2011

Os campos da serenidade



Nos depósitos dos faróis apagados

Motores que não roncam mais

Mar do esquecimento profundo

O pacto da inatividade com a corrosão

Óbitos de metais retorcidos

O singelo tom do capim seco

A imagem do antigo esquecido

Os espaços dos sons recolhidos

Nesses campos de barulho ausente

Plantamos a esperança da imaginação

E no tom da pródiga revelação

Já não ficamos tão indiferentes

Nas fendas do ferro entortado

As rosas nascem por mim

E onde o império da morte reinava

Nasce as cores de um jardim

A vida é assim,

Do monturo do nosso lixo

DEUS faz florescer flores

Para abastecer o mundo de esperança...

Clávio Juvenal Jacinto

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