Há entre os evangelicos certas tendências
ao misticismo e inovações estranhas as paginas das escrituras, no campo da “batalha
espiritual” entre muitos neopentecostais, surgiu o mito de substituir o ensino bíblico
de repreender por “queimar”. Daí cada
vez que algo anormal é percebido uns gritam “queima ele” em referencia a
pessoas usadas pelo inimigo ou aos próprios demônios...
Não há nas escrituras apoio para isso. Não se
pode queimar espíritos, simplesmente porque eles são espíritos, ou seja seres
imateriais. O jargão “queima ele, Jesus” é um termo estranho as escrituras,
nunca foi usado por Cristo, nem pelos apóstolos, isso é uma invenção moderna,
do misticismo neopentecostal, que é prodigo em inventar esse tipo de coisas!
A ordem de Cristo é “Curai os
enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de
graça recebestes, de graça dai.” (Mt 10:8) quando Paulo confrontou um espírito de
adivinhação que atuava por intermédio de uma moça, ele assim procedeu: “ E isto
fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito:
Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu.” (Atos
16:18) em todo o Novo Testamento, quando o tema é batalha espiritual associado
com espíritos enganadores e demônios, não temos qualquer ensino de que devemos
mandar Jesus queimar, primeiro porque não mandamos em Jesus, ele é o SENHOR. Depois
o ensino claro é “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas;” (Mc 16:17). Com relação ao fato
de mandar em Jesus, como fazem alguns, ao proferirem “queima ele, Jesus!” em um
assunto de ordem ao Senhor, o arcanjo Miguel não mandou Jesus repreender diabo, mas disse “Mas o arcanjo Miguel,
quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não
ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te
repreenda.” (Jd 1:9) devemos atentar bem
para o ensino das escrituras, de outra forma, podemos errar e abraçar doutrinas
errôneas e estranhas as paginas das escrituras.
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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