quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Asas de Borboleta


Meu coração chora, com lagrimas de saudades, lembro-me do tempo em que era uma criança que tinha uma imaginação tipo borboleta que voa e repousa sobre todas as lindas flores. Foi raro os dias em que não sonhei, e sonhava tanto em ver a face dourada do amor reluzindo dentro de mim.  Um sonho tão leve como a pluma das estrelas. Cada vez que sinto meu coração batendo, ainda penso que são as asas dessa borboleta lá no profundo de meu homem interior. Mas uma dia eu descobri que tinha que sacrificar minha criança que era eu mesmo, porque começaram a me chamar de adulto. Então minha mãe já não me mimava mais, já não era um menino engraçado aos olhos dos adultos.  Minha primeira grande amargura, que quebrou o casulo prateado de meus  sonhos, foi a partida de meus avós desse mundo. Eles foram flores em que eu depositava minhas asas cansadas de tanto vagar pelos encantos de meu mundo infantil.  Eu então abracei a porta de meus sonhos, e senti o gosto amargo das lagrimas, e o calor das cotas das feridas internas. Hoje, eu olho para as estrelas, para tentar encontrar as minhas asas que se perderam, eram tempos tão lindos. As viagens que fazia dentro de mim foram epopéias que marcaram a minha existência,  eu percorri todos os mares e cheguei a muitos mundos que os adultos nunca imaginaram. Cada vez que vejo uma borboleta me lembro de mim mesmo como era. Eu até colecionei lagrimas na minha jornada, e também nunca permiti que aqueles lampejos de doce alegria nunca se apagassem de dentro de mim. Mas a minha maior luta, meu dilema era tentar encontrar as asas que perdi, porque eu descobri que o maior de todos os mestres, nunca proibiu alguém de se tornar uma perpetua criança...mas como ser eu mesmo novamente como era a tempo atrás? Ah, isso é quase impossível! Voltar a voar dentro de mim mesmo, e não mais ver o mundo da maneira que vejo agora. Mas uma dia eu descobri, que as asas que perdi, as lindas asas de borboletas que tanto me faziam voar pelas terras agridoces de minha infância, não estavam escondidas ou perdidas em  alguma parte do tempo..elas estavam ali, bem pertinho de mim, em minha casa, no coração de meus filhos. Então hoje volto a ser crianças, e com eles vou viajar pelo sétimo mundo das maravilhas, e num toque especial de amor descobrir que no jardim da vida, há muitas maneiras de fazer com que a vida se torne eternamente bela....para aquelas pessoas que são de alguma maneira especiais para você.


CLAVIO JUVENAL JACINTO

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