quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DE VOLTA AOS PRINCIPIOS





. Estamos vivendo temos de transição, e com certeza, tempos de grande perigo.  O cristãos modernos, na sua maioria esmagadora nominais que nunca passaram pelo processo de uma autentica regeneração, não estão prontos para os desafios do mundo secular. A cosmovisão bíblica ortodoxa não tem sido a opção de muitos ditos evangélicos modernos, estão reinventando uma fé, um evangelho que possa se adaptar ao mundo moderno. Essa é a opção quando não se está recuando: reinventando! Assim, temos uma geração extremamente carnal, profundamente liberal, que já não mais deseja seguir os princípios bíblicos fundamentais. Em outras palavras, o cristianismo conservador ficou fora de moda, e enfrenta os grandes desafios desses dias difíceis, de engano e apostasia.
 Nem o recuo e nem a reinvenção do cristianismo são coisas boas, pelo contrario são extremamente malignos, vão comprometer a vida eterna de milhões de pessoas.  Mas é o que tem um enorme êxito hoje em dia. Desde que não se convide para se arrepender, ou denunciar pecados, mas se fala de auto-estima, êxito, sucesso, fama, glória, etc. isso sempre cativa e atrai multidões.
Acontece que as veredas antigas não cativam a mente carnal. Falar hoje de assuntos como caminho estreito, separação do mundo, mortificação da natureza carnal e autoridade final  das escrituras em assuntos de fé, são fardos extremamente pesados para essa geração de  neocristãos.
De fato o que vimos é que a razão por si só tem sido a bussola que mede a verdade que se quer crer e nada mais. A reinvenção de um cristianismo que tolera o pecado, que se associa com o mundo, que proclama o triunfalismo  e não quer saber de martírio, é uma realidade incontestável em nossos dias. Mas do que nunca, o que Paulo escreveu para Tito em Tito 1:16 tem uma aplicação concreta em nossos dias. Há uma confissão de fé, anulada pelas obras. A ação denuncia como falsa a profissão de fé.  Crer em Deus,  confissão de uma fé, ou de um conjunto de doutrinas acompanhada de ações degeneradas ao invés de regeneradas, tem sido a característica comum de grande parte dos cristãos modernos.
O que temos em uma nova reinterpretação por exemplo da graça de Deus, para muitos a graça é o oposto em todos os sentidos do legalismo, geralmente o legalismo é uma classificação para qualquer tipo de doutrina mesmo encontrado nas paginas do Novo Testamento, que vão contra o estilo de vida dos cristãos pós-modernos. Mas o fato é que a graça de Deus nos chama para deixar de batalhar pelo pecado, para batalhar intensamente contra o pecado. O que temos visto é o oposto. A graça de Deus foi reinterpretada para dar vazão as paixões decadentes da carne. A graça nunca foi o fundamento da libertinagem, e nunca será!
Pelo comportamento de muitos cristãos modernos, é difícil acreditar que eles crêem na pratica que a bíblia seja ainda a autoridade final em questões de fé. Há uma espírito religioso, extremamente sutil influenciando essa geração atual de cristãos, fazendo com que a piedade tenha uma forma estranha, amalgamando carnalidade com misticismo, dando a impressão que se trata de obra ou manifestação do Espirito Santo.
Não há caráter, nem frutos autênticos de vidas regeneradas, apenas uma mudança superficial, uma reforma religiosa e uma adequação de rotina. Hoje em dia, ser cristão, é corresponder a um apelo, comprar uma bíblia, freqüentar uma reunião e só isso. Não há mudança de vida, não se prega arrependimento, poucos sabem o que é novo nascimento, e quase ninguém experimenta a regeneração.
A bíblia como livro de referencia, e como livro teste, para autenticar a vida cristã e a doutrina tem sido deixada de lado, ou reinterpretada para se encaixar com a nova forma de cristianismo que vimos por ai.  Embora seja fato que muitos estão experimentando sensações de gozo, êxtases, estão tendo visões e estão vendo manifestações sobrenaturais, tudo isso está completamente fora do foco da bíblia. São manifestação para enredar pessoas no engano, já que querem autenticar uma religião que descarta e anula a autoridade das escrituras. Fico com as palavras do teólogo Vincent Cheung que diz: “ Com respeito as experiências religiosas, mesmo a visão de Cristo não vale mais que mil palavras das escrituras. Não se pode provar a validade da experiência religiosa, seja a cura miraculosa, ou a visitação de anjos, sem o conhecimento das escrituras. Os encontros sobrenaturais mais espetaculares perdem o significado sem a comunhão verbal para informar a mente” (1)
Isso é extremamente importante, aliás é essencial. Cheung, fala de algo que quando aplicado na experiência sobrenatural, evita o caminho para outro evangelho e para qualquer tipo de engano.
Agora vejamos na própria experiência narrativa das escrituras em Genesis 3 e Mateus 4, o primeiro fala sobre a tentação que Eva enfrentou e a outra que Jesus enfrentou. Uma no paraíso e outra no deserto, são circunstancias diferentes, mas o que o diabo faz é a mesma coisa...aplicar a palavra de Deus de  modo errado, reinterpretando os princípios espirituais. Basta fazer uma leitura acurada dos dois textos e ver que a reinterpretação da bíblia para dar um sentido que não existe é uma obra maligna, que pode causar danos espirituais sem proporções na vida espiritual.
O disfarce da serpente em Genesis 3 só é revelado do forma plena em Apocalipse 12:9. A antiga serpente, seus métodos são antigos, mas nunca perderam a eficácia.
Precisamos voltar ao principio, a bíblia como única regra de fé, inspirada na sua totalidade, inerrante, o farol que nos conduz com segurança em questões de fé. Precisamos vive-la na pratica, como ensina vimos em Tiago 1:21 e 22.
Sei que esse é um caminho difícil em nossos dias, mas é o caminho da identidade autentica no meio da confusão babilonica religiosa de nossos dias. Mais do que um alerta, é preciso agir com coragem e permanecer nas veredas antigas, no caminho estreito, do qual Cristo nos falou.

(1)    Introdução a Teologia Sistematica-Vincent Cheung  Arte Editorial  pag 29

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