sábado, 27 de outubro de 2012

Alma solitária





Percorri o lado oposto da primavera
Onde os flocos da neve suave
Foram as flores do meu campo silvestre
Fiz da minha alma solitária
Percorrendo as setes montanhas dos sonhadores
Na solidão dos castiçais que iluminam meu coração
Estou enamorado dessa vida
Com os olhos fixos no fio prateado da esperança
Mergulhando do oceano das luzes cósmicas
Como se cada entardecer
Fosse o foco da minha própria existência.
Eu sou apenas eu e nada mais
As vezes acho meu coração vagando por trincheiras
Buscando o sentido que perdi no caminho
E achando, escondo como preciosa pedra
Que incrusta a minha fé...
Estou vagando
Pelas matizes do cerco  primaveril
Sussurrado pelas cores matinais
As matizes do arco Iris
Onde o sol e a terra se encontram pelas tempestades
E eu?
Apenas me  escondo dentro de minha alma
E espero tudo passar
Para que no final do trajeto
Os portais da vida estejam abertos
Para de outra forma tentar
Continuar  existindo

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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