quinta-feira, 3 de maio de 2012

O EVANGELHO DE LAODICÉIA





 Muito já se falou sobre a igreja de Laodicéia descrita em Apocalipse 3, símbolo da igreja arrogante e apostata, de tal forma corrompida que causava náuseas em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
 Havia um evangelho em Laodicéia, mas era um evangelho diluído, eles perderam a essência do cristianismo, enquanto que Jesus estabeleceu o principio da reunião cristã em Mateus 18:20, afirmando que onde estivesse dois ou três reunidos ele estaria no meio, em Laodiceia ele estava do lado de fora. Havia muitos reunidos, mas Cristo não estava no meio. (Apocalipse 3:20)
 Havia na igreja de Laodicéia todo um esplendor e uma pompa invejável a qualquer religioso mundano. Havia sofisticação, e porque não dizer cultura. Quem sabe uma filosofia avançada, já que seus memebros eram ricos, podiam com mais facilidade adquirir livros e conhecimentos. Talvez os sermões eram polidos, e tudo estava em volta de um único motivo o humanismo. Já que Laodicéia era uma igreja rica, sua ostentação estava na auto-suficienaci a de que não precisavam de Jesus.
 Sua mornidão gerava uma espécie de ambiente prolifero para a hipocrisia.
 A primeira coisa que encontramos na vida religiosa dessa igreja, se é que posso dizer assim, é algo de grande impacto para a vida de qualquer estudante sério das escrituras. Eles afirmavam que não tinham falta de nada, mas Jesus não estava dentro da igreja! Que coisa incrível! Ousar dizer que estavam completos e Jesus estava do lado de fora da porta fechada batendo para entrar.
 Eu creio que Jesus estava na liturgia e até mesmo nos cânticos congregacionais, creio que Jesus estava nos sermões, mas qual Jesus?
 Não era o verdadeiro Jesus, pois o verdadeiro JESUS, o Cristo ressuscitado, o verbo que se fez carne, o salvador estava do lado de fora, batendo para entrar.
 Será que existem igrejas hoje que pregam outro “Jesus”? essa é uma pergunta um tanto inquietante, já que a confusão está reinando no meio cristão, se faz justo fazer uma pergunta desse quilate.
 Há quem pregue que Jesus foi ao inferno, adquiriu natureza satânica, há quem pregue um Jesus que concorda com o comercio dentro das igrejas, enquanto o verdadeiro Jesus expulsou os vendilhões do templo. Há quem defenda uma complexidade hierárquica ao ponto de crentes almejarem posição por status, e não para servir, e há quem pregue uma nova modalidade de ministros do evangelho a custa de salários exorbitantes, e Jesus nunca ensinou e nunca tolerou tais coisas, então podemos concluir com firmeza, que Jesus que tolera aquilo que ele não ensinou, trata-se de um outro Jesus.
 Ai podemos ver como Jesus está do lado de fora d muitas igrejas. Me desculpe se estou sendo um tanto radical em minhas palavras, mas eu preciso te dizer isso. Olha como em muitas igrejas se tolera o erótico e o sensual. Assim mulheres e homens aparecem nos cultos de forma bem informal, vestindo roupas indecorosas que refletem o sensualismo e o erotismo de forma bem explicita. O verdadeiro Jesus não pode tolerar isso, pois ele mesmo disse “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mt 5:28) agora veja bem, embora isso seja uma realidade em muitas igrejas, todas as elas não ´permitem terem qualquer tipo de correção, não assumem seus erros, toda a liturgia pode estar impregnada de muitos “jesuses”, mas no final das contas ela sempre diz que está completa, está rica, liturgicamente, abastada no ceriomonialismo e nos requintes teológicos, e na auto-suficiência de seus membros, operando pela força da carne os mais diversos realces artísticos, como a musica, a predica e o criticismo teológico e operando também através de estratégias de marketing que funcionam muito bem no contexto eclesiástico mundano.
Isso sem falar nas mensagens psicologizadas para atender a demanda de um povo que aprecia ouvir aquilo que massageia o ego, e tenta exaltar a natureza humana.
 Os crentes de Laodicéia são verdadeiros empreendedores eclesiásticos, a riqueza predomina, isso é a franca prosperidade material, em seu seio, os remete a uma mornidão fúnebre. Rico estou e de nada tenho falta. Que proclamação elevada aos olhos consumistas! Uma igreja rica, prospera, onde o a ganância e a avareza são vistas como virtudes cardeais. Onde a pobreza é vista com os olhos do desprezo. Só o veneno do orgulho é capaz de dar tal visão com relação a simplicidade e a pobreza.
 A questão essencial do ser humano e reconhecer a sua situação precária, o pecador precisa do Espírito Santo, para que tenha consciência de seu estado espiritual letal, mas a complexidade de reconhecer erros doutrinários é muito mais profunda. Uma vez que alguém abrace um erro, e jogue fora sua sensibilidade critica, tudo fica difícil. A igreja de Laodicéia  não estava vendo que era pobre, cega, estava em nudez e era miserável. Eu vejo um enorme peso nas palavras de Jesus, quando apresenta a verdadeira condição de Laodicéia. Mas eles não viam a realidade da maneira como realmente ela é. Eram cegos diante da verdadeira realidade, estavam alheios perante a verdadeira condição escondida atrás das aparências envernizadas de uma religião lapidada segundo os conceitos do mundo e do homem. O orgulho predominava os corações, e obscurecia a visão, necessitavam com urgência de um colírio divino, para ver a condição deplorável em que se encontravam.
 A cura dessa miopia espiritual, estava nas mãos do Senhor, que por sua vez estava do lado de fora.
Tecnicamente, Laodicéia era conhecia por causa das estancias termais, sua produção de uma espécie de colírio, e por sua produção têxtil. Era uma cidade prospera, e o curso do  mundo secular era o curso da igreja. Esse amalgama do secular com o sagrado seguindo no mesmo caminho, na mesma direção, reflete muito bem a condição da igreja hoje. Segue a mesma direção do mundo, os mesmos princípios do mundo.
 Por ser um produtor têxtil, era produtor de roupas mundanas. A roupa mundana não é feita para cobrir o corpo. O estilismo mundano segue a regra da sensualidade, cobrir parcialmente o corpo. Provocar a sensualidade e promover o erotismo. Os ambientes turísticos da própria cidade de Laodicéia refletem muito bem essa condição, e hoje vimos como os lugares similares promovem toda espécie de semi-nudismo e sensualidade. Havia uma ironia no contexto social dessa cidade: produzir tanta roupa, e a igreja sofrer com a nudez de seus membros.
 O evangelho de Laodicéia era um evangelho estranho, completamente disforme, desviado dos princípios morais do cristianismo. A questão maior está na sua postura orgulhosa e cega, uma cegueira obcecada de não ter falta de nada, quando o próprio Cristo estava do lado de fora!
 O não reconhecimento dessa situação precária da igreja, levou cristo a repreendê-la e a chamá-la ao arrependimento. Há uma saída para igrejas mornas, causadora de náuseas espirituais no Senhor. E é o arrependimento, e um retorno aos princípios bíblicos fundamentais, a andar pelas veredas antigas, a praticar as primeiras obras e andar no primeiro amor.
 Estejamos cientes disso, e que a condição do evangelho em Laodicéia sirva para nossa reflexão e para ver as coisas da maneira certa, pois nesses tempos de pertubações espirituais, o cristianismo apostata de Laodicéia está se alastrando por todos os lados,e infelizmente está sendo aceito como cristianismo autentico.


CLAVIO JUVENAL JACINTO


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