Estamos
vivendo uma epoca de grandes avanços científicos, nas ultimas décadas, tudo
mudou de uma forma espetacular, com um pouco mais de 40 anos, vi a mudança de
um mundo infantil com contrastes inimagináveis. Cresci jogando bolinha de gude, brincando de “tiroteio” jogando bola na rua,
e a televisão chegou na minha casa, quando já era mais crescido, na época que
existia alguma censura. Hoje meus filhos, jamais poderiam imaginar como era a
vida infantil de seu papai, assim como jamais poderia imaginar que a deles
também seria assim. Há muitas informações acessíveis, a tecnologia melhorou a
vida de muitos, nossa sociedade vive o auge de uma civilazação desenvolvida.
Com a ciência, também veio a incredulidade em potencial, vivemos o tempo em que
o homem deixou de confiar em Deus para
confiar em si mesmo. Essa idéia de auto-confiança já tem raízes antigas, no
conceito materialista de Nietzsche por exemplo, o homem está destinado a ser
super homem, uma araçá que alcança um auge, por isso considero Nietschze um dos
primeiros transhumanistas, da historia. A exaltação do homem de raça a super
–raça se dá dentro de intricados princípios filosóficos e porque não afirmar,
que também tem sua visão místico-ocultista. O Diabo, não perde seu discurso,
sua política é triunfalista desde o principio, mesmo provocando uma queda com
conseqüências desastrosas para a humanidade, continua pregando seu velho sermão
de que o homem pode ser um deus. Podemos analisar as idéias de Nietschze dessa
forma, como vimos em um texto educativo: “Entre
vários escritos, criou o termo super homem
para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche
era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano
não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais
fortes.” (1)
Isso soa
muito comum com a seleção natural evolucionista. E é a semente das guerras, e
porque não dizer de m uitos conflitos étnicos? Numa avaliação da performance
dessa idéia e suas conseqüências, vimos com bastante sensibilidade, que aqui
está uma prova de quanto essa idéia é intolerante e é a catapulta invisível que
batalha contra a misericórdia.
Hitler tinha idéias mais ou menos parecida, a
raça ariana deveria prevalecer, a ariosofofia, era uma corrente, uma ideologia
comum na época da Alemanha dominada pelo nazismo (2) até hoje certas correntes
gnósticas ainda classificam os judeus de anti-raça, e enaltecem a soberania
racial dos brancos, ou hiperbóreos,
esses seriam a raça criada por deuses, em oposição aos judeus criados por um
demiurgo. A idéia da sobrevivência do mais apto, do mais forte, e por fim dos
que merecem uma posição elevada na criação, é o que prevalece nessas ideologias
humanistas.
O mais apto? encontramos o homem num sistema
em que a aptidão se dá por diversas circunstancias, pessoas que sofrem com a
injustiça, não podem resistir da mesma forma como as que vivem em uma sociedade
mais justa. Assim como os soldados nazistas que lutaram na frente oriental, não
resistiram ao frio russo de inverno, como resistiram os soldados de Stalin. A
aptidão não é uma lei cega, um principio circunstancial.
A tese ariana, é um blefe, assim como as
idéias de Nietsczhe também são um blefe, a irônica ideologia evolucionista da
sobrevivência do mais apto torna-se uma contradição, quando o assunto entra em
ideologias direitistas de supremacia racial, sejam elas branca ou arianas,
porque esse principio, se colocado na pratica na vida dos judeus, classifica eles como uma das raças mais aptas para sobreviverem, pois
nenhum outro povo, mostrou tanta competência intelectual, através de tantos
judeus que ganharam o premio Nobel, ou avaliando a nação atual, que por ser tão
pequena, tem sobrevivendo no oriente médio por décadas, mesmo cercado por
tantos inimigos. Respondendo a altura, em todos os confrontos, nos conflitos
que envolvem a segurança deles. Alem disso, como única democracia no oriente
médio, observem para a tecnologia desenvolvida em Israel, pelos judeus, e o
desenvolvimento agrario e cientifico. Dispensa comentários! Se uma raça, em pleno deserto, faz com que a
terra Arida, produza frutos e flores, da melhor qualidade, então nada mais se
precisa dizer a respeito de aptidão para sobrevivência. Parece irônico, mas o
povo que nos deu a bíblia, é uma prova contra as ideologias racistas de
aptidão, e como raça, não deixa nada a desejar para as demais.
O mundo secular vem crescendo, de modo a se
tornar cada vez mais anti-Deus. O ateísmo vem crescendo, não como um movimento
intelectual, mas como uma ditadura religiosa intolerante, colocando a fé no
homem, no proprio homem. Não há ideologia que possa sobreviver nesse mundo sem
uma esperança. E como não existe espaço para o místico, para o sobrenatural, ou
para um Criador, então coloca-se a fé no próprio homem.
Há muito
tempo atrás li em um livro antigo sobre a história de um estranho filosofo
grego, que pregava o suicídio aos outros, porque a vida não tinha qualquer
sentido, não me lembro qual o nome desse filosofo, mas o texto ficou gravado no
meu coração, porque era a visão secular, desprovida de um sentido real, que
levou esse estranho filosofo a incentivar outros a se suicidarem. Onde nos
leva, uma sociedade secular? Para onde nos leva a ideologia racionalista e ateísta?
Porque o momento é crucial para o crescimento potencial do secularismo e do
racionalismo anti-religioso? Porque estamos vivendo em um momento celebre,
aquele momento em que o homem alcançou progresso inimagináveis, e com isso se
sente seguro, porque a sua intelectualidade ensoberbeceu o coração. Paulo em
Romanos 1 denuncia a soberba humana, da sabedoria ao caminho da loucura(Romanos
1:22) a degradante visão de um mundo puramente secular e materialista, já era
uma filosofia conhecida nos tempos antigos. O ideal epicureu era “comamos e
bebamos, porque amanhã morreremos” (Atos 17:17 e 18). Uma vida desprovida de
sentido espiritual, mas reduzida a princpios animalescos, o homem torna-se,
nessa visão secular, um animal de sorte, que se desenvolveu até ser o que é
hoje, e segue rumo a um aperfeiçoamento, até chegar a ser um semi-deus,
alcançará um auge, um cume evolucionista, onde está o paraiso dos incrédulos. É
correto pensar, que enquanto a ignorância,
obscurece o coração do homem, para que a semente incredulidade germine, A
sabedoria humana, por sua vez encarcera o coração do homem, para produzir o
ceticismo.
O ceticismo
de nossos dias nada mais é do que a mudança da fé em Deus para a fé no próprio homem,
nada mais que isso. Num sentido simples, a fé é a confiança em alguém, ou em
alguma coisa, e de certo modo, um ateu crê em si mesmo, em seus argumentos e
nas evidencias que ele constrói dentro de sua cosmovisão. A convergência passa para a fé na própria raça
humana, onde alcançará um auge, e na perspectiva mais otimista, alcançará uma
imortalidade, através da tecnologia, essa tendência é observada por exemplo no
movimento criogenista. De qualquer forma, ao apagar a chama da fé sobrenatural,
o homem secular acende uma chama de esperança, num futuro promissor para a raça
humana, para alguns através do triunfo da supremacia racial, seja ela a branca
ou ariana, para outros, através do surgimento de um super-homem, como na visão
de Nietzsche, e ainda outros, numa fusão de maquina e homem, alcançando níveis de
vida além da nossa imaginação, como proclama o transhumanismo.(3)
A condição
de uma vida secular nos leva a miséria espiritual, é Paulo quem adverte, que
mesmo um cristão, torna-se um miserável, se esperar por Cristo somente nessa
vida, por outro lado nos adverte as escrituras, que o homem que confia no próprio
homem, trilha o caminho da maldição: “ Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que
confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!(Jeremias
17:5), nenhum outro texto das escrituras pode ser tão claro, contra todas ideologias de supremacia racial e secular, a confiança do homem caido no homem caido, é uma direção para a decepção certa!
O orgulho humano se expande com promessas de auto-exaltação,
desde o principio, no Eden, Satanás desenvolveu a ideologia do homem tornar-se
independente, tornar-se um deus, um ser supremo, cujas as raízes seriam seu próprio
egoísmo., enquanto que a proposta satânica era que Deus existia mas era injusto
para com o homem, o ateísmo vocifera que a injustiça e o sofrimento no mundo,
fazem apologia contra a existência de Deus. Estamos vivendo nessa época onde o
homem mostra toda a sua capacidade criativa, intelectual e cientifica, um auge
que o leva para os picos da auto-exaltação, como no caso de Nabucodonosor, que
olhando para a cidade da Babilonia, se enche de soberba e orgulho, quando o
homem deixa de acreditar em um Deus supremo, inevitavelmente acaba por
divinizar a si mesmo, pois de qualquer forma, um homem precisa de alguma fé
para prosseguir existindo
Clavio Juvenal Jacinto
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