segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pecados e pecadores



Mas cada um é tentado, quando é atraído e engodado pela sua própria concupiscência  (Tiago 1:14)
Não veio sobre vós tentação, senão humana...(I Corintios 10:13)
Existe muita confusão com relação a pratica do pecado, tentação e pratica de iniqüidade. Tudo isso por falta de atenção as escrituras.  Doutrinas estranhas tem surgido, por falta de discernimento e conhecimento bíblico. Com relação a tentação e a pratica de pecados, não é diferente. Há muito pouco discernimento sobre isso, e o resultado são equívocos e heresias.
 A bíblia fala sobre um mecanismo que faz funcionar o processo de produção e pratica de iniqüidade no ser humano, a sua própria concupiscência.  A concupiscência, no conceito de Tiago, é o que gera o pecado, toda a gestação da iniqüidade do homem, é gerada no próprio homem, não fora dele. A idéia do pecado pode vir de fora, a sugestão sobre a iniqüidade sim, mas a produção do pecado parte do próprio homem. O contexto da passagem de Tiago 1:14 é o versículo posterior, o 15,  ali esta escrito que a concuspiscencia concebe, e dá a luz ao pecado, e o pecado sendo consumado, gera a morte. Há um processo, satanás sabe disso, ele sabe como isso funciona no homem, ele sabe das coisas concernentes a natureza humana. Em Genesis 3, vimos que tudo foi um processo na visao e na mente de Eva. Há um trabalhar maligno no coração do homem, e se o homem não tiver as forças necessárias para vencer esse trabalhar satânico, ele cai na pratica dos mais terríveis pecados. Nós encontramos mais informações sobre isso em I João 2:16 e 17. Por esse entendimento, descobrimos que na guerra espiritual, não há um dualismo, o que existe é uma natureza caída que torna-se alvo do diabo. Parte da pratica de iniqüidade que é gerada nesse mundo, ou melhor quase tudo a respeito de pecados, é um processo que exige a ação direta ou indireta de demônios, no coração humano. A concupiscência humana em si é uma geradora autônoma de pecados. Mas o processo começou desde a queda, e isso ocorreu por intervenção direta do diabo, lá no jardim do Eden. Desde então, o homem é pecador em potencial, com ou sem a atuação do diabo. Paulo em Galatas enumera os frutos da carne, aqui o produto é da carne, não de demônios, o adultério é um produto da nossa concupiscencia, se o homem não é santificado, se a sua natureza carnal não está crucificada, o pecado do adultério pode ser produzido no coração do homem de uma forma natural. Muitos erram, pensando que a embriaguez, o adultério, e outros pecados, são influenciados diretamente por espíritos imundos, e tentam expulsar o “espírito de adultério”, ou o “espírito de embriaguez” etc. na verdade, tais coisas na maioria das vezes é um resultado direto das inclinações malignas do próprio homem. É um erro pensar que tudo de ruim que o homem pratica tem um espírito imundo por trás da cortina atuando como se fosse o ator principal e responsavel, provocando tal coisa. Não! Galatas 5: 18 a 21 enumera que invejas, emulações, heresias, impurezas, lascívia, etc, são obras da carne, e não de espíritos imundos. Existe sim uma associação, pois o pecado atrai espíritos imundos, e desde então, quando o homem pratica a iniqüidade, cai em pecado, ele abre as portas para a atuação de espíritos imundos, cede direito ao diabo.  É lógico que devemos ser cautelosos no assunto, porque Paulo enumera entre as obras da carne, a heresia, no entanto vimos que em I Timoteo 4:1 Paulo fala sobre doutrinas de demônios e sobre espíritos enganadores. Há de fato coisas que são uma ação conjunta de espíritos imundos e homens, mas há pecados que são gerados pela natureza caída dos homens. Precisamos ter discernimento para fazer essa distinção, porque a bíblia ensina claramente isso.  De uma coisa temos certeza, o mecanismo que produz o pecado no homem é a sua própria concuspicencia do homem, um homem torna-se livre na medida que sua concupiscencia é dominada e controlada, de outra forma, o homem torna-se escravo do pecado. Não estamos isento da tentação, a bíblia é clara sobre isso(Tiago 1:12) porém devemos ter força para confrontar a tentação e suportar a tentação. Aqui está um segredo da vida cristã: a verdadeira sabedoria consiste sempre em aprender mais e mais sobre a ciência da santidade. Porque só uma vida comprometida com a santidade, tem o poder de vencer a concupiscência carnal. Essa é uma batalha que trava em cada um de nós, e torna-se importante que se pregue a doutrina da mortificação da carne, porque é mortificando a nossa natureza carnal, que teremos possibilidade de vencer as tentações, não cedendo espaço a elas. As escrituras nos dizem que Cristo em tudo foi tentado (Hebreus 4:15) porém ele não cedeu a tentação, isso nos serve de consolo, pois muitos cristãos se sentem incomodados quando são tentados. Ora a tentação em si não é pecado, ceder a tentação e praticar a iniqüidade é. Se a tentação foi acatada, e começar a gerar a força da consumação do ato, ai sim torna-se pecado. Certa vez li um provérbio interessante: “o pecado é uma espécie de alienação, pois captura o homem nos seus laços”(Leon Róy)
Temos porém o Espirito Santo, a Palavra de Deus, a vida de consagração e piedade para vencer as turbulências das tentações produzidas dentro ou fora de nós, ou por ambas ao mesmo tempo. Sabemos que a tentação nos conduz ao caminho do sofrimento, porém nesse estado atual de coisas, é mister que suportemos tudo, para viver em eterno triunfo na graça de Deus. Sabemos que o SENHOR é bom, e temos por certo que Deus se revela na criação, se verbaliza pela escrituras, identifica o seu caráter pela sua graça, sua bondade pelo seu perdão, seu amor pelo seu Filho, sua santidade pelos mandamentos, seu afeto por sua redenção, sua justiça pelo reto juízo, sua pessoalidade pela vida de Cristo, e sua perfeita integridade pela restauração de todas a s coisas.
“As tentações todos nós teremos, mas se Jesus é uma realidade vivendo em minha vida, já não tenho medo”(M. Teresa de Calcutá)
Fiéis até o fim...prossigamos....
Amém


CLAVIO JUVENAL JACINTO

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