Mas cada um é tentado, quando é
atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tiago 1:14)
Não veio sobre vós tentação,
senão humana...(I Corintios 10:13)
Existe muita confusão com relação
a pratica do pecado, tentação e pratica de iniqüidade. Tudo isso por falta de
atenção as escrituras. Doutrinas
estranhas tem surgido, por falta de discernimento e conhecimento bíblico. Com
relação a tentação e a pratica de pecados, não é diferente. Há muito pouco
discernimento sobre isso, e o resultado são equívocos e heresias.
A bíblia fala sobre um mecanismo que faz
funcionar o processo de produção e pratica de iniqüidade no ser humano, a sua própria
concupiscência. A concupiscência, no
conceito de Tiago, é o que gera o pecado, toda a gestação da iniqüidade do
homem, é gerada no próprio homem, não fora dele. A idéia do pecado pode vir de
fora, a sugestão sobre a iniqüidade sim, mas a produção do pecado parte do
próprio homem. O contexto da passagem de Tiago 1:14 é o versículo posterior, o
15, ali esta escrito que a
concuspiscencia concebe, e dá a luz ao pecado, e o pecado sendo consumado, gera
a morte. Há um processo, satanás sabe disso, ele sabe como isso funciona no homem,
ele sabe das coisas concernentes a natureza humana. Em Genesis 3, vimos que
tudo foi um processo na visao e na mente de Eva. Há um trabalhar maligno no
coração do homem, e se o homem não tiver as forças necessárias para vencer esse
trabalhar satânico, ele cai na pratica dos mais terríveis pecados. Nós
encontramos mais informações sobre isso em I João 2:16 e 17. Por esse
entendimento, descobrimos que na guerra espiritual, não há um dualismo, o que
existe é uma natureza caída que torna-se alvo do diabo. Parte da pratica de
iniqüidade que é gerada nesse mundo, ou melhor quase tudo a respeito de
pecados, é um processo que exige a ação direta ou indireta de demônios, no
coração humano. A concupiscência humana em si é uma geradora autônoma de
pecados. Mas o processo começou desde a queda, e isso ocorreu por intervenção
direta do diabo, lá no jardim do Eden. Desde então, o homem é pecador em
potencial, com ou sem a atuação do diabo. Paulo em Galatas enumera os frutos da
carne, aqui o produto é da carne, não de demônios, o adultério é um produto da
nossa concupiscencia, se o homem não é santificado, se a sua natureza carnal
não está crucificada, o pecado do adultério pode ser produzido no coração do
homem de uma forma natural. Muitos erram, pensando que a embriaguez, o
adultério, e outros pecados, são influenciados diretamente por espíritos
imundos, e tentam expulsar o “espírito de adultério”, ou o “espírito de
embriaguez” etc. na verdade, tais coisas na maioria das vezes é um resultado
direto das inclinações malignas do próprio homem. É um erro pensar que tudo de
ruim que o homem pratica tem um espírito imundo por trás da cortina atuando
como se fosse o ator principal e responsavel, provocando tal coisa. Não!
Galatas 5: 18 a 21 enumera que invejas, emulações, heresias, impurezas,
lascívia, etc, são obras da carne, e não de espíritos imundos. Existe sim uma
associação, pois o pecado atrai espíritos imundos, e desde então, quando o
homem pratica a iniqüidade, cai em pecado, ele abre as portas para a atuação de
espíritos imundos, cede direito ao diabo.
É lógico que devemos ser cautelosos no assunto, porque Paulo enumera
entre as obras da carne, a heresia, no entanto vimos que em I Timoteo 4:1 Paulo
fala sobre doutrinas de demônios e sobre espíritos enganadores. Há de fato
coisas que são uma ação conjunta de espíritos imundos e homens, mas há pecados
que são gerados pela natureza caída dos homens. Precisamos ter discernimento
para fazer essa distinção, porque a bíblia ensina claramente isso. De uma coisa temos certeza, o mecanismo que
produz o pecado no homem é a sua própria concuspicencia do homem, um homem
torna-se livre na medida que sua concupiscencia é dominada e controlada, de
outra forma, o homem torna-se escravo do pecado. Não estamos isento da
tentação, a bíblia é clara sobre isso(Tiago 1:12) porém devemos ter força para
confrontar a tentação e suportar a tentação. Aqui está um segredo da vida
cristã: a verdadeira sabedoria consiste sempre em aprender mais e mais sobre a
ciência da santidade. Porque só uma vida comprometida com a santidade, tem o
poder de vencer a concupiscência carnal. Essa é uma batalha que trava em cada
um de nós, e torna-se importante que se pregue a doutrina da mortificação da
carne, porque é mortificando a nossa natureza carnal, que teremos possibilidade
de vencer as tentações, não cedendo espaço a elas. As escrituras nos dizem que
Cristo em tudo foi tentado (Hebreus 4:15) porém ele não cedeu a tentação, isso
nos serve de consolo, pois muitos cristãos se sentem incomodados quando são tentados.
Ora a tentação em si não é pecado, ceder a tentação e praticar a iniqüidade é.
Se a tentação foi acatada, e começar a gerar a força da consumação do ato, ai
sim torna-se pecado. Certa vez li um provérbio interessante: “o pecado é uma
espécie de alienação, pois captura o homem nos seus laços”(Leon Róy)
Temos porém o Espirito Santo, a
Palavra de Deus, a vida de consagração e piedade para vencer as turbulências
das tentações produzidas dentro ou fora de nós, ou por ambas ao mesmo tempo.
Sabemos que a tentação nos conduz ao caminho do sofrimento, porém nesse estado
atual de coisas, é mister que suportemos tudo, para viver em eterno triunfo na
graça de Deus. Sabemos que o SENHOR é bom, e temos por certo que Deus se revela
na criação, se verbaliza pela escrituras, identifica o seu caráter pela sua
graça, sua bondade pelo seu perdão, seu amor pelo seu Filho, sua santidade
pelos mandamentos, seu afeto por sua redenção, sua justiça pelo reto juízo, sua
pessoalidade pela vida de Cristo, e sua perfeita integridade pela restauração
de todas a s coisas.
“As tentações todos nós teremos,
mas se Jesus é uma realidade vivendo em minha vida, já não tenho medo”(M.
Teresa de Calcutá)
Fiéis até o fim...prossigamos....
Amém
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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