terça-feira, 24 de setembro de 2013

NO TEMPO EM QUE OS IPÊS FLORESCEM

NO TEMPO EM QUE OS IPÊS FLORESCEM

Sempre fui uma pessoa fascinada pela natureza,  desde muito tempo, sempre observei a época em que os ipês florescem, é uma época, que sempre vejo essa arvore de uma simples, para uma que se destaca entre as demais, e tudo isso pelo fato dela ficar totalmente cheia de flores. Há algumas com flores mais intensas, e lá no seio da montanha, entre todo o oceano verde de folhas de muitas arvores, o ipê se destaca, porque as flores sobressaem a muito,  das folhas.  Com isso aprendo sobre renovação. Os ipês se renovam a cada ano. É o inicio da primavera, respeitam um toque especial da natureza, como se uma trombeta silenciosa desse a ordem, e elas permitem que as flores desabrochem, então a renovação faz com que elas seja diferentes das demais arvores. A vida espiritual precisa de um toque de renovação diária, não há como fugir dessa grande verdade, devemos dar um tratamento especial sobre tudo o que é espiritual. Cristo o Senhor fala sobre a prioridade das coisas espirituais no sermão da montanha.(Mateus 6;33) porque o renascer de uma esperança, o reavivamento ou o despertar de um dom, de uma vocação, vem pela Constancia da vida espiritual. Há um tempo de preparo, de silencio e então a sinfonia das maravilhas de Deus , Há momentos em que as chuvas caem, os mananciais são cheios, a tem pó de derramamento, e então experimentamos o cálice transbordar.  Mas tudo segue seu processo, de acordo com a sabedoria divina. Deus é bondoso, e nos dá as coisas de forma ordenada, é como um ipê que  atravessa o inverno, e depois de superar o intenso frio, ele desperta numa renovação vigorosa, e dá aos olhos dos homens um show de cores e vida, algo extraordinario, maravilhoso!
 Mas no tempo em que os ipês florescem, temos também a lição da transformação. A renovação sempre nos leva para níveis mais profundos de transformação, essa é a grande, a doce experiência dos que se apegam com o SENHOR, porque as escrituras afirmam que ele galardoador daqueles que o buscam. Nossa comunhão gera transformação, porque o SENHOR e a fonte da vida. E Ele transmite essa vida para nós. Há o tempo do adormecimento, mas  há o tempo do despertamento, e quando um ipê floresce, esse é o sinal irrefutável, ele não morreu no inverno, o frio das circunstâncias não foram obstáculos  mas oportunidade, o frio e o silencio, e logo em seguida, o despertar e transformação, e tudo o que se renova interiormente, e se transforma pelo coração, expande-se para o mundo visível. Essa é uma lei espiritual, é um principio divino.
Olhamos para a circunstancia a nossa volta, há algo que parece entrar pelos portais da estação do inverno, um ente querido que se foi, um desemprego que chegou, uma doença complicada, um relacionamento que desabou, um desanimo que entrou no coração, um prova intensa. Esse inverno sentimental, essa prova fria e dura, tão intensa, que que queremos recuar, é apenas um  tempo fracionado, que não tem nada de constante, ele passa, vai embora, a renovação sempre chega, o despertar um dia vem, e então estamos lá, vivos para experimentar o poder dessa transformação.
Por anos fui informado da grande preocupação da humanidade, amedrontada por um inverno nuclear, conseqüência de uma terceira guerra mundial. Mas se esqueceram, de que o nosso mundo materialista e egoísta, nossa humanidade hedonista, provocou um terrível inverno sentimental, estamos a beira de um colapso, porque a spessoas perderam o dom de amar, a bondade foi sufocada pelo egoísmo, pelo egocentrismo, a simplicidade sofre de falencia múltipla nesse mundo cheio de complexidades materialistas, onde uma enxurrada de coisas superficiais são apresentadas como se fossem essenciais para a felicidade e para a nossa existência. Não podemos permitir que isso ocorra, não podemos alimentar esse inverno egoísta que assola essa humanidade sofrida. Os ipês não podem ficar sufocados por um inverno artificial criado pelo egoísmo humano. Estamos perdendo o sentido da vida, porque estamos procurando a felicidade pelo caminho errado, estamos plantando mais gelo, para impedir que o inverno vá embora, semeamos a frieza, através de nosso materialismo, através de nosso egoísmo, de nosso orgulho, de nosso humanismo secularizado. É tempo de se despertar, os ipês devem florescer, é tempo de renovação, de transformação, e isso não começa nos outros, começa é nós, esperar mudanças nos outros, é esperar as coisas certas nas pessoas erradas, a mudança deve começar em nós. Nunca podemos esperar que outros acendam uma luz para iluminar o nosso caminho, somos nós que devemos acender uma luz para iluminar o caminho dos outros. É tempo de renovação, de plenitude, de despertamento, através da simplicidade e da humildade. As coisas mais belas desse mundo são moldadas pelo vento, é da terra suja que as raízes dos ipês extraem a cor e a beleza de suas flores, o simples é o caminho para tudo o que é verdadeiro, e tudo o que é verdadeiro é encontrado pelo caminho das coisas mais simples. Deus fez a vida simples, você precisa de uma fé para viver o presente, uma esperança para acreditar no futuro e de um coração sincero para amar e servir a Deus, isso é o suficiente para ser feliz, assim como uma simples mudança de estação é suficiente para um ipê florescer  e alcançar a sublimidade de ser, não aos próprios olhos, porque ipês não enxergam, então tudo o que ela apresenta, não é guiado pelo egoísmo, são os homens que contemplam as flores do ipês, a primavera por si mesma, nos ensina, que a natureza  ganha com a perpetuidade na semente, e o homem se renova, pela esperança de acreditar e não desanimar nunca.


Clavio Juvenal Jacinto

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