NO TEMPO EM QUE OS IPÊS FLORESCEM
Sempre fui uma pessoa fascinada
pela natureza, desde muito tempo, sempre
observei a época em que os ipês florescem, é uma época, que sempre vejo essa
arvore de uma simples, para uma que se destaca entre as demais, e tudo isso
pelo fato dela ficar totalmente cheia de flores. Há algumas com flores mais intensas,
e lá no seio da montanha, entre todo o oceano verde de folhas de muitas
arvores, o ipê se destaca, porque as flores sobressaem a muito, das folhas.
Com isso aprendo sobre renovação. Os ipês se renovam a cada ano. É o
inicio da primavera, respeitam um toque especial da natureza, como se uma
trombeta silenciosa desse a ordem, e elas permitem que as flores desabrochem,
então a renovação faz com que elas seja diferentes das demais arvores. A vida
espiritual precisa de um toque de renovação diária, não há como fugir dessa
grande verdade, devemos dar um tratamento especial sobre tudo o que é
espiritual. Cristo o Senhor fala sobre a prioridade das coisas espirituais no
sermão da montanha.(Mateus 6;33) porque o renascer de uma esperança, o
reavivamento ou o despertar de um dom, de uma vocação, vem pela Constancia da
vida espiritual. Há um tempo de preparo, de silencio e então a sinfonia das
maravilhas de Deus , Há momentos em que as chuvas caem, os mananciais são
cheios, a tem pó de derramamento, e então experimentamos o cálice
transbordar. Mas tudo segue seu
processo, de acordo com a sabedoria divina. Deus é bondoso, e nos dá as coisas
de forma ordenada, é como um ipê que
atravessa o inverno, e depois de superar o intenso frio, ele desperta
numa renovação vigorosa, e dá aos olhos dos homens um show de cores e vida,
algo extraordinario, maravilhoso!
Mas no tempo em que os ipês florescem, temos
também a lição da transformação. A renovação sempre nos leva para níveis mais
profundos de transformação, essa é a grande, a doce experiência dos que se
apegam com o SENHOR, porque as escrituras afirmam que ele galardoador daqueles
que o buscam. Nossa comunhão gera transformação, porque o SENHOR e a fonte da
vida. E Ele transmite essa vida para nós. Há o tempo do adormecimento, mas há o tempo do despertamento, e quando um ipê
floresce, esse é o sinal irrefutável, ele não morreu no inverno, o frio das circunstâncias
não foram obstáculos mas oportunidade, o
frio e o silencio, e logo em seguida, o despertar e transformação, e tudo o que
se renova interiormente, e se transforma pelo coração, expande-se para o mundo
visível. Essa é uma lei espiritual, é um principio divino.
Olhamos para a circunstancia a
nossa volta, há algo que parece entrar pelos portais da estação do inverno, um
ente querido que se foi, um desemprego que chegou, uma doença complicada, um
relacionamento que desabou, um desanimo que entrou no coração, um prova
intensa. Esse inverno sentimental, essa prova fria e dura, tão intensa, que que
queremos recuar, é apenas um tempo
fracionado, que não tem nada de constante, ele passa, vai embora, a renovação
sempre chega, o despertar um dia vem, e então estamos lá, vivos para
experimentar o poder dessa transformação.
Por anos fui informado da grande
preocupação da humanidade, amedrontada por um inverno nuclear, conseqüência de
uma terceira guerra mundial. Mas se esqueceram, de que o nosso mundo
materialista e egoísta, nossa humanidade hedonista, provocou um terrível
inverno sentimental, estamos a beira de um colapso, porque a spessoas perderam
o dom de amar, a bondade foi sufocada pelo egoísmo, pelo egocentrismo, a
simplicidade sofre de falencia múltipla nesse mundo cheio de complexidades
materialistas, onde uma enxurrada de coisas superficiais são apresentadas como
se fossem essenciais para a felicidade e para a nossa existência. Não podemos
permitir que isso ocorra, não podemos alimentar esse inverno egoísta que assola
essa humanidade sofrida. Os ipês não podem ficar sufocados por um inverno
artificial criado pelo egoísmo humano. Estamos perdendo o sentido da vida,
porque estamos procurando a felicidade pelo caminho errado, estamos plantando
mais gelo, para impedir que o inverno vá embora, semeamos a frieza, através de
nosso materialismo, através de nosso egoísmo, de nosso orgulho, de nosso
humanismo secularizado. É tempo de se despertar, os ipês devem florescer, é
tempo de renovação, de transformação, e isso não começa nos outros, começa é
nós, esperar mudanças nos outros, é esperar as coisas certas nas pessoas erradas,
a mudança deve começar em nós. Nunca podemos esperar que outros acendam uma luz
para iluminar o nosso caminho, somos nós que devemos acender uma luz para
iluminar o caminho dos outros. É tempo de renovação, de plenitude, de
despertamento, através da simplicidade e da humildade. As coisas mais belas
desse mundo são moldadas pelo vento, é da terra suja que as raízes dos ipês
extraem a cor e a beleza de suas flores, o simples é o caminho para tudo o que
é verdadeiro, e tudo o que é verdadeiro é encontrado pelo caminho das coisas
mais simples. Deus fez a vida simples, você precisa de uma fé para viver o
presente, uma esperança para acreditar no futuro e de um coração sincero para
amar e servir a Deus, isso é o suficiente para ser feliz, assim como uma simples
mudança de estação é suficiente para um ipê florescer e alcançar a sublimidade de ser, não aos
próprios olhos, porque ipês não enxergam, então tudo o que ela apresenta, não é
guiado pelo egoísmo, são os homens que contemplam as flores do ipês, a primavera
por si mesma, nos ensina, que a natureza
ganha com a perpetuidade na semente, e o homem se renova, pela esperança
de acreditar e não desanimar nunca.
Clavio Juvenal Jacinto
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