Em I
reis 22 encontramos uma história interessante, a narrativa do acordo entre
Josafá e Acabe, e o oficio profético de Micaias. A historia é irônica, porque
Micaias era profeta de DEUS, tinha um compromisso com a verdade e não com a
convieniencia ou com status. Partindo da simples premissa de que profetizava
contra Acabe, dá pra entender que Micaias não era fantoche, era profeta mesmo!
Porque Acabe era rei. É simples, venho notado que muitos profetas modernos
adoram profetizar pra gente importante, e sempre coisas boas. Em detrimento é
claro aos humildes que são ignorados, porque não tem dinheiro fama e status
social. Neo-profetismo é tendencioso, é burguês, mas Micaias não era assim,
aliás outro profeta, Natã, também não tinha compromisso com a auto-promoção,
ele simplesmente repreendeu Davi e expôs seus pecados, não se importou se Davi
era o rei, tão somente fez o que devia fazer: falar a verdade, mesmo a custo da
própria vida.
É notável como certos profetas modernos
possuem uma tendencia em profetizar somente o que é bom. Eu cansei de ouvir
profetas dessa linha, porque parece que nem sequer existe um respaldo bíblico
para isso. Os profetas se levantavam principalmente em épocas de declínios e
apostasia para denunciar o pecado e proclamar o juízo conseqüente da decadência
moral e espiritual. Mas as experiências que tive, durante anos não é muito
promissórias nesse campo. Vi gente ousada, profetizar para mulheres grávidas,
que o filho era um varão escolhido, para depois de alguns meses aparecer com
uma menina no colo. Vi muitas profecias de casamento, destruir vidas, porque o
resultado foi divorcio e separação. Vi muitas coisas não acontecerem, e com
mínimas exceções, ao ponto de não me lembrar de momento, de apenas uma, com
exatidão profética bem precisa, a adevrtencia que um moço ex-drogado teve, em
um culto, há muito tempo, e que veio a cumprir-se cabalmente em sua vida. Raras
exceções em mundo carismático cheio de confusão e relativismo.
Clavio J. Jacinto
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