O cristianismo contemporâneos está perdendo
cada vez mais sua identidade. Para muitos, fazer a diferença não é mais
possível, para outros isso é tolice, ainda outros acham que isso é legalismo. E
por isso mesmo abarcam uma abordagem doutrinaria completamente liberal de
assuntos vitais de identidade. O cristão deve ser diferente do mundo, não
apenas interiormente, mas exteriormente. Antigamente se argumentava muito
usando Malaquias 3:18, mas hoje? Se esqueceram do versículo, ou simplesmente
omitem dos sermões doutrinários ou dominicais. Percebam! A diferença se foi, e
cada vez menor é o numero daqueles que querem viver oposto ao estilo mundano, e
estão diluindo sua identidade cristã, amalgamando-a com o mundo, e isso é bem
lógico, porque um cristianismo sem identidade própria, vai se adaptar aos
moldes do mundo, e tornar-se amigo dele. Assim a dona razão, deusa dos
racionalistas, é adotada amplamente por muitos crentes modernos, para dar
argumentos e falácias ao novo estilo de vida cristão, bem parecido com o mundo.
A igreja que perde a sua identidade, e se associa com esse sistema decadente,
com certeza, também perecerá com ele. A bíblia diz”Andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo ?( ) é claro que não! O mundo tem uma oposição radical ao
estilo de vida do cristianismo bíblico, e somos chamados a não se conformar com
seus estilos decadentes(Romanos 12:1 e 2) porém vimos que cada vez a doutrina
da identidade está sendo negligenciada, rotulada de legalista, antiquada e
retrógrada. O diabo conseguiu enganar com a sua fúria, resta-lhe pouco tempo!
Identidade faz a diferença. Numa identidade
espiritual, o sagrado e o profano devem ser distintos. E sempre haverá uma
decadência para que o sagrado torne-se profano. O profano por si mesmo nunca se
tornará santificado. Não existe por exemplo um adultério santo, mas no entanto,
há ortodoxia que se inclina para a apostasia, para outro evangelho. A igreja de
Galacia e mais acentuada ainda é a igreja de Laodicéia em Apocalipse 3.
Há muitas passagens nas escrituras que
orientam o cristão a ter identidade, a ser diferente, não somente por causa de
fé, mas por causa de sua posição em Cristo.
Antigamente, era muito usado a ilustração da
metamorfose da lagarta em borboleta para explicar o Novo nascimento. A larva,
incubada dentro de um casulo se transforma em uma linda borboleta que então tem
o jardim como seu mundo. Deixa de ser um inseto estranho, para ser uma
borboleta colorida. Pois bem, no centro, a essência dessa ilustração, sempre
foi usada para ajudar a decifrar textos maravilhosos das escrituras como II
Corintios 5:17. mas como podemos verificar, numa observação mais acurada, é que
a borboleta ganha a identidade pela sua aparência. Ela é borboleta, porque é
diferente da lagarta, a borboleta voa, é colorida, pousa sobre as flores, e é
encontrada sempre onde elas desabrocham.
Até
bem pouco tempo, não se discutia entre cristãos, que eles tinham identidade
própria e que jamais deveriam se vestir ou usar estilos mundanos. Mas os tempos
mudaram. Uma geração nova surgiu, geração que ama as experiências extáticas, e
odeia a santidade. Os cultos se transformaram em shows, divertimento entretenimento.
O prazer imediatista cativou muitos a vivenciarem um cultura hedonista e quando
mais radical até mesmo narcisista, e ainda hoje, voltando de um sepultamento,
ouvi um Pastor bradar “Não somos nada”. É correto a sua postura diante do corpo
que se desintegra na sepultura, mas ao mesmo tempo o que mais me intriga é: Se
não somos nada, então porque se alimenta tanto a vaidade humana? Porque então
os membros da maioria das igrejas está alimentando a deusa vaidade de forma
implícita e explicita, e os senhores da tenda, os lideres, argumentam que Deus
só quer o coração?
Identidade nos faz lembrar que o mundo deve
observar que eles são diferentes de nós. E o modo de estilo de vida de um
cristão autentico deve denunciar o modo de vida pecaminoso dos incrédulos! Identidade
é um principio, um principio observável! Quando Adão e Eva pecaram, eles se
esconderam, se envergonharam porque estavam nus, cozeram folhas de figueira e
cobriram suas partes genitais e depois foram para trás do arbusto, porque
ficaram atemorizados e envergonhados em se apresentarem diante de DEUS, da
maneira como estavam vestidos. DEUS de fato reprovou aquele estilo decadente, e
cobriu-os de forma decente. Aqui está a essência da aparência, é de fato de
suma importância como identidade. A nudez denunciou por si mesmo que a condição
deles era de desobediência, de pecado e de rebelião direta com o Criador. Nossa
identidade é o nosso rotulo. Tudo ou pelo menos quase tudo nesse mundo, tem
identidade. Os rótulos nas mercadorias revelam a qualidade e a procedência do
produto. Assim também a nossa identidade, roupas por exemplo revelam a nossa
identidade, e para saber se fato, onde podemos identificar nosso estilo, a
qualidade de nosso vestuário, basta ir na bíblia, para fazer uma avaliação das
vestes dos homens e mulheres santos, o estilo denuncia ou ilumina, mostra a
procedência. É fácil saber a procedência por exemplo das calças femininas. Como
elas começaram? Onde e quem começou a usa-las? Faça a pesquisa por si mesmo. O
rotulo é uma identidade exterior que denuncia de onde o produto vem.
Se não temos identidade, então somos anônimos
ou mesclados. Sabemos que um mendigo não usa terno e gravata, roupas de estilo
e perfume frances, também conhecemos um soldado da policia militar, pela sua
farda. A identidade nos dá a distinção, daquele que não são. Se tantas coisas
são atribuídas a um cristão que teve uma autentica experiência espiritual, ou
novo nascimento, então porque eles não são diferentes dos incrédulos? Porque
não são diferentes das pessoas mundanas? Veja bem, que Jesus usou o princípio
da aparência exterior para identificar os seus escolhidos, ele disse que se
conhece a arvore, não pela sua raiz, não pela sua seiva, não pela sua madeira,
mas pelos seus FRUTOS. A parte exterior e não a parte interior da arvore, foi o
exemplo que o Senhor usou para a identificação
de um verdadeiro cristão. Infelizmente poucos percebem isso! Ou fingem
não perceber...
As defesas de uma identidade, não param por aqui. Temos
muitas orientações nas escrituras sobre o tema.
Quase que praticamente todos os princípios espirituais de identidade que
encontramos no Antigo Testamento, como por exemplo Levitico 10:10 e 11: 47 se
encontram também no Novo Testamento. (I Pedro 1:15 etc)
Há certos tipos nas
escrituras, que são modelos de identidade do cristão, por exemplo: a ovelha.
Bem, a ovelha é diferente dos outros animais. Ela é coberta de lã. Não
conhecemos a ovelha somente por sua docilidade, não! Conhecemos porque ela tem
os aspectos exteriores necessários para uma identificação. A identidade de um
verdadeiro cristão é um equilíbrio do que ele é por dentro e por fora. É lógico
que Cristo lutou contra as aparências, mas como já disse, quando há o
equilíbrio, então o cristianismo se torna bíblico. Um cristão deve prezar por
sua exterioridade, assim como também, da mesma forma, o seu interior. Ambos
devem ser tratados com o mesmo cuidado, não negligenciar nenhum dos dois. Havia
na vida de Eliseu uma forma exteriorizada, que o fazia ser diferente dos
demais. Isso era perceptível para quem olhava para ele. Havia algo que fazia
transparecer sua santidade. Por esse motivo, quem observava a Eliseu, via nele
algo que o fazia ser diferente. Não
importa onde ele estivesse, mesmo em meio a multidão. Quem o visse, notaria que
ele era diferente, porque o seu exterior refletia na conduta e nas vestes, a
santidade que estava no seu interior. Hoje, quem é quem na multidão? Só há uma
maneira de reconhecer a maioria das pessoas que se professam cristã: quando
elas estão na igreja! Fora do santuário, são tão seculares quanto é qualquer
mundano. Agem de tal forma, que não se pode identificar nem mesmo pela conduta.
Hoje vimos tantas pessoas que se dizem cristãs, completamente amaziadas com o
mundo, são inimigas de Deus, não importa se confessam a Ele, se são amigas do
mundanismo, se seguem o curso desse mundo, se adotam o estilo de vida deles,
então são inimigos de Deus, como determina Tiago 4:4.
“ Toda a sociedade é inspirada e energizada por Satanás.
Assim como os anjos santos são guardiões do povo de Deus, os poderes demoníacos
são ativos nos acontecimentos no reino do mal” (William MacDonald)
CLAVIO JUVENAL JACINTO
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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