sexta-feira, 8 de junho de 2012

A Síndrome do Evangelho Imediatista






E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura (Gn 25:34)
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. (Hb 12:16)

 A história de Saul está repleta de implicações morais e espirituais. Não deve passar despercebida de nossos olhos, pois tambem podemos perder o rumo, como ele perdeu. Saul tinha uma escolha, todos temos escolhas, mas Saul teve uma escolha que implicou em complicações para seu destino.  A conveniencia em suprir a necessidade pessoal não pode ser o padrão de conduta de um homem santificado. Esse é o fio da meada na história de Saul. Ele tinha uma herança, um direito, uma benção. Isso tem grande valor espiritual, porque traz significados profundos para a vida espiritual e devocional. Mas parece que Saul não dava muita importancia, porque era imediatista. Essa é a raiz da questão. O imediatismo tem sido uma força que tem leavdo muitos cristãos modernos a deriva, a um naufragio na fé.  Isso é fato! Vejamos exemplos claros. Qual é a atitude da maior parte dos cristãos de hoje? Tudo gira em torno do imediatismo. Ele quer, ele tende a centralizar a sua vida no agora, nas conquistas momentaneas, nas bençãos, na cura, na prosperidade, nas coisas imediatas. E se está doente, a cura a qualquer custo, é o seu centro da sua ansiedade. Mesmo que a busque em locais de moral cristã duvidosa. Acontece que o sagrado deve ter valor incalculavel, sem essa visão, tudo se torna secular.  Quando o padrão de uma conduta, tal como a de Saul é direcionada nesse sentido:  “Isso me satisfaz, e isso é o que interessa” está pavimentado o caminho da apostasia pessoal. E mais ainda: quando se banaliza aquilo que é sagrado corre-se o risco de caminhar rumo a uma direção irreversivel.  “ Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.” (Hebreus 12:17)
A vontade do ego não deve prevalecer num homem santificado. Em um momento de necessidade fisica, o biológico sobrepujou o espiritual, na vida de Saul, o que ele foi incapaz de perceber é que tudo o que é temporal se escoa invariavelmente com o tempo que passa... e esse erro vem se repetindo na vida de muitas pessoas.
É verdade que Jesus admoestou  aos cristãos de Filadelfia, que deveriam guardar a coroa, mas atualmente, nesses ultimos anos, muitos cristão não somente perdem a coroa, mas estão tambem perdendo o reino.  Saul teve prejuizos espirituais incalculaveis, ele não teve percepção dessa seriedade no momento de negociar a sua primogenitura.  As consequencias vieram depois, gradualmente. E seu legado foi pessimo, deixou um modelo de apostasia pessoal com consequencias terriveis.  Nada é tão preciosa na vida de um homem prudente quanto o seu exemplo.
 É incrivel como Saul simplesmente cometeu um erro tão grande partindo de uma adversidade tão simples: fome. Ele estava com fome, não era uma prova tão dura,  o contexto da situação garante que ele poderia satisfazer seu apetite de outra forma, mas o que impeliu Saul a vender a sua primogenitura foi a conveniencia. A medida da sabedoria de uma alma está na sua capacidade de extrair o util da adversidade. Mas Saul não tinha essa aptidão.
Nada prevalece tanto na vida de um homem mundano quanto o poder da sua propria alma. Saul era egocentrico, imediatista e materialista. Jacó era sagaz, mesmo de forma manipulativa e sutil, entendia mais dos principios espirituais que Saul.  A conveniencia nunca pode ser a força matriz de nossas decisões. A verdade pelas coisas certas, é o único caminho para a vida que agrada a Deus. Mas a conveniencia tem falado tão alto, que a coerencia está sufocada na vida de muitos. E os erros consequentes tendem a minar as bases de uma espritualidade autentica em muitos cristãos modernos. Há muita sopas de lentilhas por ai, há muitos suplantadores que querem tirar a nossa herança. Mas o centro da vida de muitos tem sido o mundo. Somos chamados para servir a Deus nesse mundo, e não para servir o deus desse mundo. É hora de priorizar e valorizar o que tem valor eterno. Olhar para o céu, para a s promessas que que se concretizarão e se consumarão na eternidade.  A vida espiritual autentica, nos leva para grandes desafios, o imediatismo para um mundo de prazeres imediatistas. Poucos querem o caminho da santidade, porque esse caminho exige que se abandone um fardo de prazeres e tome um fardo de repsonsabilidades, e isso traz implicassões profundas na vida de cada um. Devemos aprender com Saul, e não cair na mesma armadilha. Devemos valorizar o que tem valor espiritual, e colocar neles toda a força do nosso coração, porque a nossa redenção se aproxima.

DEUS ABENÇOE A TODOS

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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