segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O PERIGO DA APARENCIA SEM CONTEUDO



Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. (Gl 6:12)

Não existe mal pior na comunidade do que a aparência de ser o que em essência não se é. Ray Stedman, escreveu um livro que abrange muito bem esse problema, “A Dinâmica Da Vida autêntica!” foi publicado pela SEPAL, e pelo que parece, infelizmente está fora de catalogo.

Jesus parece ter enfrentado muito bem esse problema nom judaísmo farisaico, quando em muitas passagens dos evangelhos, notamos que a aparência da religião formal era a única forma existente a cobrir a verdadeira faze e o coração dos religiosos daquela época. A aparência sem conteúdo tem sido uma das formas mais sutis de infiltramento de pessoas dentro da igreja. Infelizmente!

Paulo parece que já observava esse mal no cristianismo primitivo quando escreveu “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” (2Tm 3:5)

Uma falsa piedade, um falso cristianismo é algo fácil de ser desenvolvido, e por isso mesmo alguns procuram esse caminho fácil, o caminho da piedade fácil, produzido por uma aparência exteriorizada, quer por comportamentos, linguagens e outras coisa exteriores, mas na verdade sem nenhum conteúdo espiritual genuíno. Sem base e sem estrutura. Uma capa envernizada da cor do cristianismo não é de fato cristianismo e nunca será. A falsa luz produzida pela hipocrisia não ilumina ninguém, apenas ofusca a verdade. Se a nossa essência, se tudo não é entregue a DEUS, se não houver uma verdadeira entrega, uma verdadeira piedade, uma sinceridade extrema e profunda no nosso cristianismo, somos então pessoas vis e mascaradas, enganadoras. Thomas Brooks, erudito protestante, afirmou “: Deus não levará em conta casca, enquanto dermos ao diabo o grão”.

É possível construir toda uma religião com popa e liturgia, sem essência de verdade, esse parecia ser um dos problemas freqüentes entre os cristãos da igreja de Colosso “As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (Cl 2:23). De nada adiante enganar-se e ser enganado. Mascaras não resistem a peso da eternidade, e um dia ela cairá mostrando quem realmente se é. A tendência em se preocupar com a aparência exterior e formar uma base de reputação de piedade sofisticada, sem contudo ter uma raiz profunda na verdade, é um perigo. A exortação bíblica é que devemos deixar toda a forma de fingimento : “Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,” (1Pe 2:1). O engano de uma falsa religião a base de aparência não aplacará para sempre a consciência, não permanecerá para sempre e não trará nenhum beneficio duradouro para quem quer que seja. A superficialidade não combina com cristianismo. Uma aparência sem conteúdo santificado e regenerado, sempre tenderá para a degeneração e a decadência, Jesus denunciou firmemente esse tipo de religião de capa numa descrição dura: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia”. (Mt 23:27)

O problema é que cada cristão na verdade é tentado sempre a parecer aquilo que de fato não é, desenvolvemos rostos de santinhos, mas as vezes nosso coração está muito distante desse perfil. Não estamos muito preocupado em tratar com nosso interior, porque ele não é revelado de forma tão indiscreta quanto nossa face. Nossos desejos as vezes é tão bem guardado no profundo de nosso ser, que nem mesmo a sua sombra aparece. A uma performance muito eficaz no homem, produzir uma hipocrisia tão bem lapidada que é capaz de enganar os mais perspicazes cristãos.

A aparência superficial é bem descrita por Tiago, como algo completamente frágil e não resistente: “Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.” (Tg 1:11)

De nada adiante ter uma bela aparência de piedade, de nada adiante ter aparência de um cristão devoto, comprometido, santo e na verdade não existe nada disso, é apenas uma aparência sem conteúdo. Numa linguagem mais dura, cristãos assim, são cristãos de duas caras. Nunca podemos permitir de substituir nossa verdadeira piedade por uma mascara de piedade, ou somos de verdade, ou não somos nada.

Como a verdadeira piedade e a pratica do verdadeiro cristianismo exige verdadeira disciplina, muitos optam pelo caminho dos Gálatas: “Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.” (Gl 6:12) eles queiram a via mais fácil de ser cristãos, de forma bem exteriorizada, mas negando a cruz de cristo, pois a vida de verdadeira piedade exige atitudes radicais e verdadeiros confrontos contra o sistema mundano. “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2Tm 3:12) Deus não nos convida para descansar as sombras do mundo, mas para carregar a cruz, e essa linguagem não é um convite a superficialidade, nunca foi em qualquer momento da história do cristianismo e não será agora nesses momentos tão difíceis.

Paulo era adepto de um cristianismo que não tinha espaço para a superficialidade, ele mesmo declarou: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gl 6:14)

Não há como produzir uma hipocrisia carregando uma cruz, a dor sempre será verdadeira, o peso sempre será de verdade, o vitupério sempre será real.

A hipocrisia sempre é gerada pela força da carne, enquanto que no verdadeiro cristianismo o fogo provem do Espírito Santo, na vida religiosa sem conteúdo é produzido pela energia da carne. A eficácia da carne em imitar até certo ponto dons e virtudes é complexa, mas não chega nem perto das autenticas virtudes e frutos produzidos pela dinâmica de uma vida cristã concreta.

CJJ

0 comentários:

Postar um comentário