quarta-feira, 31 de agosto de 2011

As três colunas da nossa vida espiritual



Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. (1Tm 1:5)

Encontramos as três bases do antídoto contra a hipocrisia, tão comum nos meios cristãos atuais.

Amor de um coração puro. Bem, isso significa que o coração sujo não pode comportar nem desenvolver um amor genuíno e puro. A questão da disciplina do coração e da formação do homem interior é algo muito pouco comentado e ensinado hoje em dia, infelizmente. Por experiência tenho visto, que as aparências parecem preencher completamente as condições de avaliação de uma espiritualidade.

Um coração puro, é algo valioso diante de Deus, é o campo aberto onde o Espírito Santo trabalha. Os puros de coração, são pessoas tomadas por virtudes que se expressam na vida comum, quem deseja tê-lo precisa agir como criança, sem perder a percepção de maturidade. Jesus foi o homem mais puro que existiu. Sua transparência era ideal para refletir as glorias que os religiosos refinados ao conseguiam.

A pureza de coração é uma condição de bem-aventurança, que cada cidadão celestial precisa conquistar nesse mundo.

A pureza de coração é uma condição básica e essencial para o consolador administrar com liberdade dentro do cristão.

A pureza de coração é a condição especial que faz com que a revelação intima de Deus seja manifesta de forma incomum.

A pureza de coração proporciona uma visão equilibrada de Deus, verão a face do Senhor quem tenha essa virtude tão magnífica. Essa é a promessa!

Só pode ter um coração puro aquele que a todo o momento cuida dele, limpando, removendo tudo aquilo que pode manchar. Cuide de seu coração, vigie ele, cultive o jardim do homem interior. Que ele tenha o perfume de Cristo. Seja tu o cristão uma parte da noiva do cordeiro, haja em teu coração essa flor chamada rosa de sarom, símbolo da igreja sem macula.

A boa consciência. Algo muito raro para nossos dias, mas tão importante para um cristão.

Como boa consciência, entendo a nossa consciência como um manancial de coisas positivas. Algo peculiar a quem toma decisões sabias e não se arrepende, que aproveita o tempo de forma plena, como se cada dia fosse uma conquista e uma vitória. A boa consciência é aquela que dorme tranqüila, sem ansiedades invejas, medos, temores, preocupações e tudo que nos possa arrastar para um pesadelo interior.

A boa consciência é irmã da alma tranqüila. Firme na rocha da eternidade, não é abalada pelas coisas temporais. Todos os verdadeiros mártires da igreja tinham a boa consciência. Eram mansos não dados ao ódio e a vingança. Tranqüilos diante do testemunho, aptos diante do martírio, pacientes diante da dor, dóceis diante da violência. E neste mundo de confrontos, o seu príncipe não se conforma, quando se vê incapaz de acabar com a paz interior da consciência do cristão, ameaça-o através da tribulação exterior e da perseguição.

A fé não fingida. A fé fingida é inútil, incapaz sem poder espiritual.

Não fingida, mas autentica, real, de conteúdo, capaz, uma fé viva, e portanto ativa, produtiva. Ágil, expansiva, determinada. É dessa fé que são feito os gigantes da fé, os heróis da fé, os filhos da promessa. Onde estão os amigos mais íntimos do Senhor? Os Enoques que andarão com Deus? ah eles não se encontram no mundo dos fingidos, cuja a performance é uma religião sofisticada, altamente ritualística, moldada por conceitos e elementos puramente humano. O homem caído é versado na fabricação e criação de religiões, as mais detalhistas, refinados, polidas. O homem caído ama a religião sintética, representada nas folhas que cobriam a nudez do primeiro casal, e no sacrifício inferior de Caim. Tudo o que é fingido, é morto. Espiritualmente invalido, sem conteúdo precioso.

A fé precisa ser viva para remover montanhas, precisa ser viva para remover o medo de morrer por Jesus ou para Jesus. Precisa ser viva para sustentar as verdades evangélicas. Precisa ser viva para produzir mobilidade espiritual, avanço e progresso. Os escudos de bronze eram imitação grosseira dos escudos de ouro do templo. Quanta imitação grosseira da religião cristã existe em nosso meio. O reflexo da majestade do sol na lama da estrada não é o sol na sua grandeza. Ele se apaga quando o sol se esconde. A imitação nunca é igual o original. Imitar uma fé, não é viver uma fé. só existe possibilidade de viver uma fé, se ela for viva. Se a fé é fingida, jamais poderemos vive-la, só poderemos imita-la, e imitação não é expressão de vida genuína. Satanás se transforma em anjo de luz, mas não é a luz do mundo. a aparência de uma coisa fingida pode se parecer autentica desde que a miopia espiritual esteja presente naqueles que a observam. E por mais que a composição seja próxima, há uma diferença fenomenal entre um diamante e um carvão. Porque o diamante adorna a coroa no palácio, mas o carvão só pode sujar. A fé não fingida é uma benção, ela faz com que o cristianismo seja enaltecido, mas a fé fingida é uma maldição, ela suja o nome do cristianismo. Olhe para a historia da igreja, e verás quantos diamantes ela teve, é verdade, mas a maioria de material inferior, carvão. A fé verdadeira é resistente, e imperecível, é profunda, ela se reflete muito bem nos três jovens da fornalha ardente, que diante de uma escolha, preferiram o fogo da fornalha, do que quebrar o vinculo da fé genuína e se prostrar diante da divindade do monarca babilônico. A fé não fingida não vê as coisas perecíveis como preciosas na mesma medida das coisas eternas. A fidelidade a Deus mesmo no fogo era o caminho mais certo do que a bonança na adoração de um deus falso. Se a fé fosse fingida eles teriam coxeado entre dois pensamentos, como os apostatas da época de Elias.

As medidas de uma vida espirituais não são os fingimentos polidos da hipocrisia, mas uma boa consciência, serva das escrituras. E uma vez que é impossível viver uma vida de amor a Jesus, sem determinar viver uma vida e sacrifício a Ele, precisamos servi-lo de um coração puro, de boa consciência com muito zelo, ama-lo e servi-lo de verdade.

CJJ

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