Em seu livro “A Exteriorização da Hierarquia” uma das principais portas vozes que deu origem ao movimento Nova Era, afirmou que “a experiência espiritual substitui a doutrina”(1)
Com uma mentalidade dessa natureza, a autora, Alice Bailey, já conhecida entre muitos pesquisadores cristãos, por seus escritos e idéias ocultistas, lança luz sobre uma perspectiva perigosa. Na verdade a experiência nunca deve substituir a doutrina. Embora na pratica isso não esteja acontecendo em muitos setores do protestantismo, seria bom salientar que Paulo ao exortar Tito, disse que a conveniência era pregar a sã doutrina e não a sã experiência. (Tito 2:1)
Toda a experiência deve ser serva das escrituras, deve passar pelo crivo dos escritos doutrinários e se reprovados, se contradizem ao que está escrito, deve ser rejeitado e combatido, no caso de proliferação.
A experiência espiritual não é o fundamento da verdadeira religião, e se esse principio for aplicado, a verdade torna-se relativista e as escrituras perdem a autoridade absoluta. O que por si só já contradiz ao testemunho da própria bíblia, que diz ser toda a palavra inspirada por DEUS, e útil para ensinar, redargüir , para corrigir, para instruir em justiça(II timoteo 3:16). Somos chamados a pregar a palavra e não a experiência (II Timoteo 4:2) porque Paulo dá esse incentivo? O contexto diz que pelo fato de nos últimos dias, muitos não sofrerão a verdade, mas irão amontoar para si doutores, conforme as próprias concupiscências, desviarão o ouvido da verdade, voltando-se as fabulas(II Timoteo 4:3 e 4). No vasto campo das experiências extra-biblicas surgiram as mais exóticas doutrinas e os mais extravagantes movimentos. A quem começou um “cristianismo restaurado’ por causa de visitas de anjos de luz que lhe anunciaram outro evangelho. A experiência espiritual tem na verdade sido um dos principais fatores a destruir a verdade de muitos, a conduzir milhões de pessoas aos erros mais extremos, e tem sido o principio funcional mais eficaz que satanás conseguiu desenvolver para desviar as pessoas da verdade do evangelho e do evangelho da verdade. N a sua primeira carta a Timoteo Paulo também afirmou: “Mas o espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrina de demônios” (I Timoteo 4:1) acaso isso não é uma experiência espiritual? Não temos visto, e não somos testemunhas de que nosso velho mundo está infestada de espíritos comunicantes? Olhe a quantidade enorme de livros psicografados, canalizados, olhe para o enorme quantidade de pessoas que dizem terem contato com anjos, arcanjos, ETs, duendes, Fadas, desencarnados, mestres ascensionados, seres parafisicos, e toda uma vasta legião de seres metafísicos que supõem ter contato com humanos médiuns e canalizadores. Mas as experiências não são limitadas somente ao misticismo e ao espiritualismo.
Infelizente até entre evangélicos conservadores, se dá uma ênfase demasiada a experiências espirituais, colocando essas experiências ao pé das escrituras como se fossem de igual valor, e em muitos casos além da própria palavra de DEUS.
Alice Bailey que canalizava um espírito classificado como mestre ascensionado, afirmava que na nova ordem mundial, a expeirencia espiritual substitui a teologia. Isso em oiutras palavras nada mais é do que a rejeição completa das escrituras como autoridade para definir o que é verdade ou o que não é. A bíblia deixa de ser o padrão, é completamente ignorada e rejeitada quando a questão é medir se algo é verdadeiro ou não.
Até entre muitos evangélicos que conheço, embora se considerem conservadores, encontrei esse tipo de rejeição das escrituras. A base de seus conceitos doutrinários era as visões e as revelações, e não o que a palavra de DEUS ensinava. Esse perigo corre solto em muitas igrejas, e é um conceito antibiblico e defendido por uma pessoa, Alice Bailey que era totalmente entregue a espíritos enganadores e pretendeu alicerçar um culto a lúcifer, pois do ponto de vista dos profetas da nova era como Bailey e Blavatsky, lúcifer era uma criatura de luz. Para muitos espiritualistas da nova era, lúcifer é apenas o lado ruim de um Deus bom. Esse conceito pode ser denominado de dualismo na própria pessoa de DEUS. Em um artigo sobre este assunto John MacArthur afirmou: “Prevalecendo especialmente no movimento carismático, o misticismo moderno abraça um conceito de fé que de fato rejeita completamente a realidade e a racionalidade. Declarando guerra à razão e à verdade, ele está assim em direto conflito com Cristo e a Escritura. Ele cresceu rapidamente porque promete o que tantas pessoas estão buscando: algo mais, algo melhor, algo mais rico, algo mais fácil — algo rápido e fácil para se substituir por uma vida de cuidadosa e disciplinada obediência à Palavra de Cristo. E, uma vez que tantos carecem da certeza de que sua suficiência está em Cristo, o misticismo pegou muitos cristãos despercebidos. Assim, ele tem carregado boa parte da igreja a um perigoso mundo de confusão e falso ensinamento.”
Devemos tomar muito cuidado, porque a experiencia espiritual não é a prova da genuinidade de uma doutrina, e muito menos é a base fundamental da prova do verdadeiro cristianismo. A bíblia é a prova, as escrituras decidem o que é e o que não é autentico e verídico.
Devemos ter cuidado da doutrina, exorta Paulo em I Timoteo 4;16. ela não pode deixar de ser o nosso padrão. O ensino bíblico é a lente pelo qual passa toda a experiência que não tem base bíblica deve ser totalmente rejeitada, completamente rejeitada. Não deve existir qualquer traço de contradição, e bíblia e somente ela é a nossa regra de fé, a luz que ilumina nossa vida e nossa condição espiritual e doutrinaria. “ora o fim do mandamento é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência e de uma fé não fingida “(I Timoteo 1;5) a obediência a palavra, e a obediência aos mandamentos do SENHOR, é a base da nossa fé.
Muitos dos conceitos e experiências que eram comuns no ovimento nova era parecem invadir cada vez mais as igrejas, e por isso mesmo devemos ficar atentos, pois a bíblia deve ser a nossa única regra de fé, e é essa decisão pessoal que vai garantir continuar caminhando em terreno sólido, ao invés do campo minado das experiências extra-biblicas.
CLAVIO JUVENAL JACINTO
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