DIFERENÇA EM SERVIR

Qualquer pessoa de sensibilidade nota nos evangelhos o registro do comportamento radical daquelas pessoas que se propuseram a servir a DEUS radicalmente. No Novo Testamento encontramos uma mulher que derramou seu precioso perfume em JESUS CRISTO. este ato levou muitos homens a indignação, mas agradou ao SENHOR. Uma outra mulher de má fama enxugou os pés de JESUS com os cabelos, temos um homem chamado Zaqueu que sobe em uma arvore para ver JESUS, notamos que ele era de pequena estatura, daí a dificuldade que tenha encontrado, esse mesmo homem após encontrar o SALVADOR, age conforme a doutrina da restituição, devolve com juros tudo o que roubou, através do oficio que exercia de cobrar impostos para o império romano. Encontramos um Estevão que enfrentou o martírio pela causa da verdade do evangelho. O cristianismo é muito mais do que religião, é mais radical, como o foi a de Antipas, fiel testemunha do SENHOR, e por isso teve que pagar com a própria vida. A fé cristã exige coisas que aos olhos dos homens comuns são loucura. O cristianismo quebra a rotina de uma vida simples, eleva a conduta de uma pessoa simples, transforma mendigo em príncipes, semi-analfabetos em missionários, e em pessoas pecadores tinge todo o caráter de um CRISTO santo. O interessante é que esses homens citados acima marcaram a sua época por causa do compromisso radical de servir a JESUS CRISTO, O SENHOR. Se quisermos deixar um legado, se quisermos marcar nossa geração e ser lembrados como colunas e exemplos de vida piedosa, temos que radicalizar nossa postura e nosso testemunho.

Faremos a diferença nesse mundo caótico, quando nosso cristianismo é diferente do cristianismo confessional e nominal. Por esse motivo devemos avaliar a nossa fé cristã e elevar nossa conduta e nossa vida de piedade, porque assim, marcaremos a nossa geração com o nosso cristianismo radical.

Nós encontramos em Lucas 14;26 a 33 e Mateus 16;24 a 26

, o quanto é alto o custo de seguir a Jesus cristo em sinceridade e compromisso, embora tais palavras passem despercebidas pela maioria das pessoas, é lógico, que aqueles que querem servir a DEUS piamente sabem que para isso existe um custo. A maioria busca um cristianismo confortável, um tipo de seguro de vida eterna, apenas para se livrar do fogo do inferno na eternidade, sem contudo se livrar das mazelas do velho homem caído e sem se desmamar das coisas do mundo. Tozer nos afirmava que a bíblia só era eficiente quando era obedecida. Quando estamos decididos a obedecer as escrituras, muitas coisas podem vir a tona, inclusive a deficiência de nosso caráter, porque as coisas que nos levam para a humilhação e para o prejuízo aparente não nos cativa e poucos se interessam por uma religião assim. Em João 12, vimos como muitos fariseus creram no nome de JESUS, mas depois não quiseram assumir um compromisso sério de obediência, porque amavam a glória dos homens do que a glória de DEUS, e não queriam perder a posição de status nas sinagogas. Gosto de meditar nas palavras de A. W. Tozer, porque ele tem sido sensível na questão do custo de ser um salvo, um cristão de verdade: ele então afirma: “Não custa grande coisa ser um cristão de aparência. Só requer que a pessoa assista aos cultos do domingo, duas vezes e durante a semana seja medianamente moralista. Este é o “cristianismo” da grande parte dos evangélicos da nossa época. Se trata, pois, de uma profissão de fé fácil e barata; não implica em abnegação nem sacrifício. Se este é o cristianismo que salva e o qual nos abrirá as portas da glória ao morrermos, então não temos necessidade de alterar a mundana descrição do caminho da vida eterna e dizer: “Larga é a porta e largo é o caminho que conduz ao céu”.

Porém, segundo o ensino Bíblico, custa caro ser cristão. Há inimigos que vencer, batalhas que evitar e sacrifícios que realizar; deve-se abandonar o Egito, cruzar o deserto, carregar o peso da cruz e tomar parte na grande caminhada. A conversão não consiste em uma decisão tomada por uma pessoa, em um confortável sofá, para logo em seguida ser levado suavemente ao céu. A conversão marca o início de um grande conflito, e a vitória vem após muitas feridas e contendas.” (1)

De fato ser cristão nos custa muito, e isso não significa que somos salvos pelas obras, a questão do custo é alto pelo fato de a vida de um homem regenerado ser completamente contrario ao sistema desse mundo e as filosofias que a permeiam em todas as direções, seu estilo de viver e pensar e agir é frontalmente oposto ao sistema do mundo que é regido por satanás. O mundo se torna um lugar hostil para os que querem viver em santidade.

CLAVIO JUVENAL JACINTO

(1) Extraído do artigo “Quanto Custa Ser Cristão?” publicado em: http://camposdeboaz.xn.blog.br/quanto-custa-ser-cristao