segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Negar a Fé


NEGAR A FÉ


Todas as vezes que alguém cita o termo “negar a fé” logo já pensamos naqueles que se apostataram, ou se desviaram ou renegaram a fé cristã. Essa, porem é uma visão muito simples e limitada sobre o assunto.
 Pelas escrituras entendemos que negar a fé é bem mais complexo e há uma abrangência bem maior do que se imagina
 Em primeiro lugar a bíblia diz que não ter um cuidado zeloso pela família é negar a fé
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1Tm 5:8)
 isso é um assunto sério, nós somos guiados pela bíblia, a administrar bem nosso lar, e o relacionamento com nosso cônjuge e com nossos filhos. A atenção e o cuidado dentro do lar, bem como relacionamentos sadios são as bases de uma boa administração familiar, alem disso existe o lado espiritual, de suma importância nessa questão. Eu vejo uma família constituída como uma igreja. Porque vejo assim? Porque Jesus falou sobre o principio da reunião: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mt 18:20).
 Os cuidados com o lar e nosso relacionamento tem sentido horizontal e vertical, porque a abrangência não se limita aos filhos e ao cônjuge. Há o relacionamento com Deus, que deve ser incentivado e praticado dentro do lar.
 Em segundo lugar podemos entender que o simples não professar Jesus também é negar a fé. E isso também é de salutar importância verificar, já que se não nega na pratica mas se há um silencio, tentando esconder na vergonha nosso cristianismo, isso compromete toda a nossa fé. “Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.”(Mt 10:33) o contexto imediato dessa passagem diz: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 10:32)
 Assim temos a responsabilidade, a sublime missão de confessar a nossa fé diante dos homens, e jamais devemos nos envergonhar disso. Jesus e o seu Senhorio absoluto, deve ser nossa freqüente confissão perante todos os homens, mesmo diante dos mais ferrenhos incrédulos.
 Todo esse negar da fé, tem implicações na nossa vida diária.
 Não podemos ter vergonha da nossa fé, Jesus disse ; “Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.” (Lc 9:26)
 Por isso, em terceiro lugar, negar a fé abrange também nossos sentimentos. Não devemos nos envergonhar da nossa fé. Devemos ter uma vida transparente, e aqui está uma questão de suma importância. As vezes negamos a nossa confissão de fé, porque queremos andar como o mundo anda. Então diluímos a nossa identidade com o mundo. Sabe, o mundo segue o curso do príncipe das trevas. Um crente anda diferente, se veste diferente, tem princípios morais diferentes. Eu tenho visto muita dificuldades entre conservadores, porque muitos já se consideram um opróbrio diante dos olhos do mundo, porque são considerados antiquados, cafonas por causa do estilo de vida que adotam. Por causa disso, muitos tem abandonado o estilo de vida conservador. Mas Paulo nos exorta: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Ts 5:23)
Vejamos outra passagem sobre esse assunto: “E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.” (Jo 18:25)
 Vimos como essa questão da identidade, é importante. Há muitos hoje que argumentam que não é importante a nossa aparência, ou até nossa identificação como cristãos, porém é mister que nossa conduta e nossa maneira de viver sirva de identidade para que o mundo saiba quem somos.
 Que Deus nos abençoe, e nos ajude a sermos cristãos na medida em que o Senhor deseja que sejamos.

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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