Daniel é uma dos profetas da
antiga aliança que sempre me chamou a atenção,
sua postura e sua firmeza são dignas de exemplo, não é admiravel que Daniel
tenha ganhado tanto o favor divino e tenha experimentado o poder de Deus em sua
vida de uma forma tão extraordinária. Daniel é arrancado do meio de seu povo,
da sua cultura, de seus amigos, de sua sociedade, da sua pátria, da família, e
é levado como escravo para um país
estranho, para servir um monarca tão estranho o próprio império em que foi
cativo: A Babilonia. A Babilonia se imortalizou na simbologia religiosa e nas paginas
das escrituras, como simbolo da idolatria, da corrupção espiritual e da
prostituição religiosa.
Daniel vai para esse lugar
estranho, houve uma escolha selecionada de jovens, que foram levados para a
Babilonia, para serem preparados, para servirem a Nabucodonosor no palácio.
Teriam que passar por um processo de tratamento e treinos, para que pudessem
ter um preparo adequado para cumprirem suas funções no palácio do rei. Até
essas alturas tudo bem, Daniel foi levado com muitos outros, o que não deixa de
ser surpreendente, é que ele levou consigo a sua devoção, o seu amor, a sua
fidelidade e o seu compromisso com o SENHOR. Aqui começa a diferença. Junto com
o povo cativo existiam pelo menos quatros crentes fieis, os outros se perderam
na mistura, na adaptação e no sincretismo babilônico. Aliás numa situação tão
extrema, cheia de decepções e tristezas, serem arrancados a força de sua pátria
e entes queridos para ir até uma terra desconhecida símbolo da corrupção espiritual,
poderia ser uma evidencia clara de o SENHOR teria abandonado eles a esse
destino tão doloroso.
Porém, Daniel não tinha essa perspectiva,
porque a verdadeira fé não é condicional, ela pra ser verdadeira deve ser
incondicional. Hoje em dia, muita gente anda atra´s de um deus que possa
servi-los, mas não se interessam por um DEUS para servirem. Para os anônimos do
cativeiro babilônico, de que serve uma fé no SENHOR, numa situação tão dramática,
tão dolorosa quanto serem levados escravos para uma terra distante. Se
aparentemente Deus tinha abandonado eles, então eles também abandonariam a fé
nesse Deus que os abandonou a essa realidade tão dolorosa. Em Daniel 1:7 e 8 já no desterro, o chefe dos
eunucos se encarrega do treino e do preparo dos jovens hebreus, mas Daniel toma
a decisão, numa expressão clara das escrituras encontramos que ele propôs no
seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei e nem com o
vinho que ele bebia. Daniel optou pela abstinência,
e uma dieta vegetariana. Não sabemos ao certo, o que havia de errado na comida
do palácio, alguns supõe alimentos sacrificado a ídolos, pode ser, mas as
escrituras não falam sobre isso. O que importa é que Daniel tinha discernimento
espiritual, e se recusou a se contaminar. Eis a questão, a lição que começamos
a aprender. Não devemos nos contaminar, a idolatria contamina, o mundo
contamina, a corrupção contamina, a desobediência
contamina. A força espiritual e o favor divino vão embora com a contaminação
espiritual. Hoje a contaminação nos templos evangélicos começa com a idolatria,
os ídolos cristãos modernos são seus cantores, seus pregadores famosos, com
poder carismático de unir grandes multidões para promover o culto a si mesmos, e por isso não é admirável que a
imagem deles estejam estampadas até mesmo nas fachadas de seus templos. Eis o que vimos hoje, senão um culto idolatra
ao dinheiro, uma desesperada subida aos ideiais materialistas, um convite a
parar de sofrer e a ficar rico. Uma mensagem aguada, uma mistura de psicologia,
técnicas de persuação e um desdobramento de ansiedades próprias do homem caído,
sua sede por querer a fama, o êxito, e coisas, cuja a fome se encontra no ego,
no profundo do seu ser caído. Daniel não queria o melhor, que era a comida do
Rei, mas queria o correto, e para isso se propôs a beber água ao invés de beber
vinho. Nossa mortificação é o caminho da nossa consagração, e a pela nossa
consagração vem o poder autentico do Espirito Santo sobre a nossa vida. A historia
se desenrola, e o monarca tem um sonho pertubador, e chama os encantadores, os
bruxos, os feiticeiros, o time completo dos ocultistas e espiritualistas da
Babilonia, e é lógico, que para interpretar um sonho, pode se usar a ambigüidade,
porém, o rei se pertubou com um sonho,
que se esqueceu. A turma convocada teria
que adivinhar o sonho e interpreta-lo. E
agora?
Não conseguiram adivinhar, então
o rei é tomado de uma fúria descontrolada e manda matar todos os magos
adivinhos etc. Isso incluiria Daniel, que não sabia da historia, era vitima
inocente. Porem, conversando com Arioque,
pediu um tempinho pra orar, e foi procurar seus amigos(Daniel 2:18). Hoje em
tempo de crise, quando está em risco a liberdade de culto, quando nos querem
colocar na parede, tal como vimos nesse momento, a questão homossexual, não se
convoca ninguém para promover um movimento nacional de oração, porque a igreja
moderna, além de não ter uma unidade consistente, tem escandalizado o evangelho
a ponto de muitas vezes não ter o direito de exigir correção dos outros. Essa é
uma verdade dolorida, mas não posso esconde-la. É claro, existem as exceções,
sei disso. Mas olhe para o histórico da
igreja nesse últimos dias, seus lideres envolvidos em escândalos, olhe para os políticos
evangélicos dessas ultimas décadas, quantos deles saíram irrepreensível da
carreira política? Olhe para a liderança envolvida com a maçonaria, enfim, é
triste a nossa situação. O que menos se vê nesse ambiente é firmeza e abstinência
da imoralidade e da corrupção.
Daniel está ali, orando e obtem o
favor divino, o SENHOR revela a ele, o
sonho e a interpretação, e Daniel salva
a todos, um crente livrando os infiéis da morte. A segurança de seu próximo garantida
pela sua equidade e por sua integridade diante de Deus.
Daniel está ali, firme, por ele
passa Nabucodonosor, depois Belsazar e em seguida Dario, mas Daniel está firme, é o
mesmo homem e a mesma fé, a mesma integridade e o mesmo testemunho, nele não ha
relativismo. Podemos usar isso como um crente que passa por três gerações sem
mudar a sua postura, suas convicções e sua posição. Hoje a maioria esmagadora
dos cristãos praticam o que condenavam ontem, não são crentes tipo Daniel que
não muda, mesmo diante do relativismo moral, mesmo diante da mais negra
apostasia. É como Elias, que com uns poucos não se dobram diante de Baal. A bíblia
mostra pela vida desses homens, que a
fidelidade é para poucos. Basta apenas uma geração, para se concluir que o que
era pecado antes agora não é mais pecado.
Assim vimos como não há firmeza em gente que pratica hoje o que condenava ontem. Deus não pode dar seu favor,
aos que não são firmes. E a firmeza espiritual é aquela em que uns poucos se mantem firmes, mesmo
quando todo mundo se prostra diante da estatua de ouro construída por
Nabucodonosor. Havia uma escolha, para os três amigos de Daniel, ou devoção a
estatua ou a fornalha de fogo. O que os lideres modernos escolheriam na mesma
condição? A estatua era de OURO, hoje em
dia tem muita gente se prostrando ao ouro da Estatua de Nabucodonosor, Paulo
nos fala que a avareza, o amor ao dinheiro também é idolatria. Por isso a realidade
não está muito distante de nossos olhos, o que
precisamos é de visão mais ampla.
Daniel 3;18 nos mostra como a fidelidade era incondicional para aqueles
crentes firmes. A escolha era certa.
Vamos para a fornalha, mas não nos prostramos a estatua de ouro e nem ao ouro da
estatua. Eis ai pessoas com verdadeiro
compromisso, não amaram as suas vidas, não amaram a estatua de ouro, nem o ouro
da estatua. Não havia neles ambição, temor, medo, covardia, relativismo moral. O
que havia neles era compromisso com DEUS, a fidelidade a todo custo, ou a nossa
fé não vale nada. As experiências diversas que teve Daniel e seus amigos são
provas firmes de que uma fé com compromisso nos leva para níveis de experiências
com DEUS, que não podem vir de outra forma.
Em Daniel 6, o profeta, por artimanha de seus inimigos, através de um
processo sutil, é levado a cova dos leões, mas não é devorado por essas feras.
Um homem com um grau elevadíssimo de espiritualidade, porém era homem. Havia
naquela cova um santo, leões e um anjo. Foi a congregação mais estranha do Antigo
Testamento, e eu não duvido, se ali não saiu um culto. Havia motivos de sobra
para Daniel glorificar a DEUS e passar todo o tempo em oração. Os leões estavam
com a boca fechada, mas certamente Daniel estava louvando e adorando a DEUS.
É hora de despertarmos do sono,
olhar para nossa vida, e seguir o exemplo de Daniel e seus amigos, pois a
Babilonia ainda existe de forma espiritual, os leões ainda bradam, buscando
quem possa tragar. O SENHOR está procurando os fieis da terra, são alguns entre
muitos na multidão, os uns que fazem a diferença, que ainda podem levantar mãos
santas e servem a DEUS incondicionalmente, pois amam a ELE em espírito e em
verdade
DEUS ABENÇOE A TODOS
Clavio Juvenal Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário