sábado, 23 de outubro de 2010

Amor em Intensidade




E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. (Mateus 22:37)

Ao lermos tão sublime mandamento, posso concluir sem duvida nenhuma de que DEUS não aceita amor superficial, não aceita adoração supérflua e muito menos oração sem intensidade. Tudo funciona assim no verdadeiro cristianismo, Jesus pegou as palavras do AT, e as coloca como norma de vida espiritual também para os crentes da Nova Aliança. A expressão “de todo” significa algo completo, intenso, exato no seu sentido espiritual. Quem experimenta isso no culto? E nas devoções diárias? E nas horas reservadas para estar a sós com o SENHOR, quem experimenta a intensidade de um amor assim?. Nós estamos vivendo uma superfluidade tão grande, que para a maioria dos cristãos esse versículo citado por Jesus, e que se faz um mandamento de grande importância, perde-se no emaranhado de nossa religiosidade rasa e descomprometida. Amar a DEUS de todo o nosso coração, muitas vezes implica sacrifícios pessoais, perdas irreparáveis para o ego, mortificação profunda da nossas paixões terrenas. Tal amor envolve nosso coração, nossa alma e nosso pensamento. É algo que envolve todo o o nosso ser, toda a nossa personalidade, toda a nossa pessoa, sei interior e exterior. Quantos alcançam esse nível de amor? Não sabemos. Tenho certeza que são poucos, muito poucos, os que de fato cumprem esse requisito em nossos dias: E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Embora DEUS deva ser o foco do nosso amor, nem sempre o amamos como ele merece ser amado. Ele deseja ser amado como ninguém mais, em outra passagem o NOSSO SENHOR disse “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.(Mateus 10:37) essas palavras soam duras para nosso coração que coloca amor sobremaneira em pessoas e coisas acima de DEUS. Essa é uma verdade inegável, há que ame seu carro, sua casa, seu dinheiro, seu emprego, seus filhos, seus pertences, ame coisas e pessoas, muito mais além do que amam a DEUS. A maior parte dos cristãos que vivem uma vida religiosa que está somada a apenas algumas horas de um dia de semana ou um final de semana, num culto, dentro de um templo, não podem estar encaixados na exigências dos versículos acima. Há muitos senão a maior parte dos cristãos, estão associando cultos e reuniões, como uma obrigação, não como algo que dá prazer e alegria, mas algo que precisam carregar, culto é sinal de fardo, não de comunhão e felicidade. Quase sempre, duas horas é o suficiente para enfadar qualquer cristão moderno. E quase sempre o pensamento está envolto na preocupação de quando o culto vai terminar, o coração muitas vezes está preocupado com o dia de amanhã, e a alma está marcada pelo fardo das preocupações cotidianas. Acho que isso não soa a realidade também na sua vida?

Meu DEUS, como estamos longe de ser aquilo que devemos ser. Como estamos longe do cristianismo bíblico, como CRISTO mesmo ensinou. Estamos envolvidos com nossos caprichos e nossas opiniões, não em fazer a vontade de DEUS, mas tão somente em fazer a nossa vontade e nada mais. Nosso culto familiar, onde a família deve estar centralizada numa adoração intensa ao SENHOR, já não existe. Nossos momentos a sós com o SENHOR, também já mais existem. Estamos vivendo num relacionamento distante DEUS, talvez sustentando uma espécie de neoagnosticismo, onde quase sempre está em voga a espiritualidade de que DEUS esteja tão distante, que já não faz mais a diferença se ELE existe ou não. Amar a DEUS de todo o coração, de toda a alma e de todo o pensamento, e CRISTO conclui que também deve ser o nosso amor pelo próximo na mesma intensidade de que amamos a nós mesmos. Mais uma vez difícil. Não é?

Hoje vivemos a época do evangelho da auto-estima, amar a nós mesmos, colocar o nosso eu no centro do universo. Mas a bíblia não ensina isso, ela nos ensina de outra forma, o foco do nosso amor é DEUS, ele deve ser amado sem medidas, a expressão “de todo” é toda inclusiva, não pôe limites para o amor, ele é capaz de tudo, vai mais além do que as coisas comuns, sua expressão radical se concretiza em João 3:16, ali vimos que DEUS amou. E qual foi a ação desse amor? O próprio CRISTO, seu sacrifício redentor, sua obra no Calvário expressou a plenitude de amor autentico. É assim que precisamos também amar.

Cristo sempre nos chama para a vida radical. Ele convida a negar-se a nós mesmos e carregar a nossa cruz, isso não é algo normal. O conceito que satanás tem a respeito do homem comum é: “Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.”(Jô 2:4). Se faz necessário afirmar que o cristianismo e o próprio Cristo tenta tratar com o nosso ego e com nossos sentimentos. Quando é tratado do assunto “amor” entra em jogo muitos conceitos errados que temos a respeito desse sentimento nobre. Tanto com relação a DEUS, como em relação a nós mesmos e ao nosso próximo. Michel Quoist certa vez escreveu: “Na nossa vida só a duas soluções: amar a si próprio até o esquecimento total dos outros, ou amar os outros até o esquecimento de si próprio”.

A maior parte dos cristãos não atentam para essas verdades, muitos abraçam a superficialidade do cristianismo comum. Amar com toda a intensidade, primeiramente a DEUS e depois ao nosso próprio não é uma experiência da maioria dos cristãos modernos. Vejamos como essas palavras tinham sentido para os cristãos primitivos: “Quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la -á” (Mateus 10:39). Mas para nós ela perdeu seu sabor, porque nosso foco não é amar a DEUS, com toda a intensidade, nosso coração não está focalizado no reino, somos excessivamente materialistas, temos que reconhecer esse fato. Mas quando DEUS nos convida a amá-lo de maneira radical, temos que responder a essa chamada. Convido você a refletir, reler essa matéria e mudar seu estilo de adoração, aumentar o fogo do amor pó DEUS, deixar queimar dentro do coração uma paixão radical pelo SENHOR. Comece a fazer isso agora.

Amém

CLAVIO JUVENAL JACINTO

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