quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carta destinada ao destino

Querido destino que desatina em meus amenos orvalhos
Não quero somente uns ventos soprando em meus atalhos
dá-me tres lampadas acesas e um pão assado, de centeio
e te prometo, que corro pra longe de todos os meus devaneios

Sou tão pobre, mui fraco e penitente sofredor
dá-me uma colher cheia de animo e uma taça cheia de amor
pois recolhendo os lampejos de meus tristes pesares
revolvo a relva molhada, estou lendo o livro de Cantares

Dá-me tambem um lirio azul celestial
um copo de leite pra ser meu oceano feliz
pois viver do abraço da vida, eu sempre quis

E por fim, quero a terça parte da luz do luar
tambem a verde luz dos pirilampos de todas as noites
pois a vida é tão severa, já me deu tantos açoites......

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