Certa vez, John Wesley perguntou para a sua mãe, Suzanna Wesley, o que era pecado, e ela respondeu de forma sábia: "Qualquer coisa que debilite a sua razão, que diminua a sua sensibilidade da sua consciência, obscureça a sua concepção de Deus ou enfraqueça o seu gosto pelas coisas espirituais, qualquer coisa que aumente o domínio da carne sobre a mente, isto é pecado, por simples que seja ou por mais inocente que seja"
A questão do pecado é profunda, ela envolve completamente a vida humana, o pecado mudou o destino da civilização, e a gravidade do pecado pode ser vista no modo radical como DEUS respondeu a ele. A cruz e o sacrifício de Cristo, o sofrimento do salvador ali no Calvário, revela a seriedade do pecado e a gravidade das suas consequências
Hoje, pouco se fala sobre o assunto, ou tentamos amenizar o assunto, de forma a dar classificações relativistas ao pecado. Porem dentro dos padrões biblicos, isso não é bem assim. A devastação causada pelo pecado e pela rebelião contra DEUS, não podem ser de forma alguma tratado como um assunto superficial e de pouca importância. O mal da nossa era, começa com uma profecia de Cristo que fala sobre multiplicação de iniquidade. Imaginamos então a devastação que isso causará na sociedade.
Nosso papel como cristãos, não é tentar fazer um mundo espiritual de faz de contas, o pecado é sim grave! exigiu uma resposta radical de DEUS Pai, ao dar seu unico Filho para morrer na Cruz, isso foi uma resposta ao pecado, foi uma reação contra a maldição imposta sobre a humanidade, pelo pecado.
O grande problema está no modo como queremos classificar, de forma a dar uma gravidade para certas coisas, como orgulho, homicídio, idolatria, etc, e ao mesmo tempo não dar uma gravidade profunda para outros atos que aparentemente parecem ser mais comuns na vida de cada alma, como por exemplo a luxuria, pois viver num mundo cercado de erotismo, é um convite a pecar a toda hora lá no fundo do coração, onde ninguém vê. Mas e se fosse colocado uma tela em frente ao púlpito da igreja, para apresentar cada imagem de nossa imaginação, uma por uma, durante todas as vezes que vamos ao templo adorar, como seria a reação das pessoas ao olharem para o que será apresentado ali a frente? As escrituras tratam com muito profundidade nossos sentimentos e nossos desejos. Não podemos fazer do nosso coração um deposito de sentimentos nocivos como ódio e raiz de amargura, isso se constitui em pecados graves, porém pouco se fala sobre esse assunto. Achamos que as coisas mais insignificantes ou as que podem ser escondidas facilmente no homem interior, podem ser tratadas com menos cuidado. A W Tozer disse com acerto: "O pecado tem sido disfarçado nestes dias, aparecendo com novos nomes e caras. Você pode estar sendo exposto a esse fenômeno na escola. O pecado é chamado por diversos nomes enfeitados - qualquer nome, menos pelo que ele realmente é. Por exemplo, os homens já não ficam mais sob convicção de pecados; eles têm um complexo de culpa. " É isso, tentamos dar outras formas para o monstro do pecado, assim como satanás tenta dar forma a sua aparência, transfigurando-se em anjo de luz, para não apresentar a gravidade e o perigo de sua aparência e de sua presença quando se aproxima de suas vitimas sem discernimento. Assim o pecado está sendo embalado com conceitos de psicologia e humanismo, para dar um requintado disfarce, mas na essência ele é uma rebelião gravíssima contra DEUS. A mais linda e dourada embalagem de presente, nunca tem o poder de mudar a característica do lixo infectado, embalado em seu interior. Devemos sempre tratar o assunto do pecado com cuidado e com seriedade, esse é o jogo da vida espiritual, esse é o centro da batalha espiritual, Mas porque tratar desse assunto? ora, amados, tendo em vista que o pecado é a realidade maldita da condição do homem caido e a batalha acirrada em que o cristão se encontra desde a cruz, se faz mister termos uma visão adequada sobre o assunto! ou como disse J. C. Ryle "O pecado começa como um teia de aranha, mas termina como uma camisa de força" e é essa a visão que deve predominar em nossas vidas, porque quanto menos grave o pecado parecer, muito menos iremos nos cuidar ou nos preocupar com isso! a grande arma do inimigo é ganhar legalidade, terreno, para logo em seguida atacar. E quando perdemos a visão da seriedade do pecado, pois mais insignificante que venha parecer, mais ele terá direito, legalidade e poder de ação. Quanto mais superficial for a visão que temos do pecado, mais a nossa espiritualidade se tornará doentia. A eficácia da santidade só será real, se tivermos uma visão coerente do pecado. Ássim, nosso ponto de partida é a cruz de Cristo, a morte de Cristo, o sofrimento de Cristo, O Sangue precioso de Cristo, a consumação da redenção eterna efetuado por Cristo mediante a resposta divina, em favor da salvação dos homens. Que o Senhor nos abençoe e nos faça ver as coisas como elas realmente são!
Amém
Clavio J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário